Após o anúncio do Presidente da República, como seria de esperar, vários membros dos diversos partidos manifestaram a sua opinião em relação à data das eleições.
Começando pela esquerda, o Partido Comunista Português foi o primeiro a fazê-lo, pela voz do deputado António Filipe, que considera uma data «incompreensível», lançando farpas ao PR, alegando “favores” à direita, referindo-se ao deputado Paulo Rangel, uma vez que este pediu que as eleições se realizassem mais tarde.
Já o Bloco descartou qualquer responsabilidade, atirando as culpas para o Governo.
«Não foi pelo Bloco de Esquerda que houve uma crise», disse Pedro Filipe Soares.
A líder do PAN, Inês Sousa Real, concorda com a data escolhida pelo PR, uma vez que assim «permite que todos os partidos possam participar de forma democrática».
Mariana Silva, do partido «Os verdes», mostrou algum descontentamento com a data e considera que o dia 16 de janeiro seria o mais adequado.
Por fim, José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, voltou a lembrar «a boa proposta de OE, que previa mais investimento público na saúde e educação», assim como o facto do partido «tudo ter feito para evitar esta crise política».
À direta, o líder do PSD, Rui Rio, relembrou que «o Governo que entrar tem três meses para apresentar o Orçamento de Estado». Sobre as eleições internas do partido, Rio preferiu não abordar o tema.
Também o CDS atravessa um período conturbado no seio do partido, mas, ainda assim, Cecília Anacoreta Correia, afirmou que Francisco Rodrigues dos Santos «mantém-se até que seja substituído», apesar do mandato terminar antes das eleições.
André Ventura, líder do Chega, admitiu que o partido preferia outra data, ainda assim, compreende a escolha de Marcelo Rebelo de Sousa, deixando um aviso, ao dizer que o partido está «mais do que preparado para as eleições».
Por fim, João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, concordou com a escolha feita pelo PR.