A casa onde três irmãs idosas, Maria Ester, Maria Rosa e Maria Olivia de Sousa, conhecidas como “as manas pintas”, foram brutalmente assassinadas há 25 anos, com um machado e faca, está em ruínas em Coucieiro.
O crime, ocorrido em 31 de janeiro de 1999, permanece sem solução, envolto em mistério, deixando a comunidade local ainda assombrada pela tragédia.
O imóvel, que foi palco de um crime violento e misterioso, está em estado de completa degradação e em ruína. As cortinas nas janelas, uma vez alegres, deram lugar a silvas que agora tomam conta dos quartos, da sala e da cozinha.
O ambiente na antiga mercearia, que antes era um local movimentado, assemelha-se agora ao cenário de um filme de terror, restos de armários, buracos e fendas por toda parte.
Ninguém foi culpado pelo brutal assassinato das três irmãs, apesar dos esforços da Polícia Judiciária na época.
O crime, cometido com um machado e uma faca, chocou a pacata freguesia, mergulhando-a em dias de puro medo e tentativas vãs de encontrar uma explicação.
O móbil do crime nunca foi esclarecido, e diversas versões foram especuladas, enquanto a população vivia sob o receio de que o assassino pudesse atacar novamente.
A propriedade, atribuída por herança aos sobrinhos indiretos de uma das vítimas, residentes em França, permanece vazia e à mercê da degradação.
Vizinhos lamentam que “está tudo estragado” e que “ninguém quer isto”, enquanto a população recorda as “três Marias” como mulheres bondosas e generosas.
José Oliveira, um morador local, expressa que o. crime prescreveu em 2014. “Quem me dera ser vivo quando encontrarem o assassino”. O medo que envolveu a comunidade à época dissipou-se, mas a mácula do crime permanece entranhada na memória coletiva.
Enquanto a casa agora só com paredes, a sombra do mistério que paira sobre o assassinato das três irmãs continua, sem respostas definitivas.
O povo de Coucieiro lembra-se do choque daquele domingo fatídico, mas o assassino permanece em liberdade, transformando o crime em um enigma sem solução.
“O crime perfeito”, dizem em Vila Verde.