Segundo Ricardo Rio, a intervenção começará pelo espaço ocupado pela Arte Total, uma estrutura privada especializada nas áreas da educação e produção artística.
“O problema principal está ao nível das coberturas”, referiu, admitindo que as infiltrações de água podem provocar uma explosão.
Para esta intervenção, estão previstos 80 mil euros.
Para meados do ano, serão investidos mais 400 mil euros no resto do edifício.
A situação do edifício foi levada à reunião de hoje do executivo pela bancada do PS, que criticou a falta de manutenção do edifício, construído há cerca de 30 anos.
O vereador socialista Artur Feio disse que as infiltrações “podem fazer explodir o quadro elétrico” e que o chão “está todo levantado”, pondo em causa a atividade da Arte Total.
“Há baldes por todo o lado”, referiu, criticando o alegado abandono a que a Câmara tem votado aquele que é “um espaço âncora” da candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura em 2027.
O Mercado Cultural do Carandá resultou da reconversão e adaptação do antigo mercado municipal, num projeto assinado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura.
A transformação já foi premiada pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.
Desenhado nos anos 80 do século XX por Souto Moura, o Mercado do Carandá foi construído no coração de Braga, mas foi progressivamente ficando “abafado” por vários equipamentos que nasceram à sua volta, de que se destacam uma escola, um centro de saúde e a mais conhecida discoteca da cidade.
A zona registou, igualmente, um grande crescimento imobiliário.
A câmara decidiu, por isso, reinstalar o mercado noutro local e criar no Carandá um polo de cultura.