“O afastamento do vereador eleito nas listas do PS, foi apenas a formalização de uma situação de facto, que existia praticamente logo após que tomou posse, em que virou costas ao partido e foi seduzido pela política do PSD e do presidente da Câmara, com cujas posições passou a alinhar em quase todas as votações, contrariando as posições históricas do partido em Esposende e as suas próprias posições anteriores”, refere a concelhia do PS em comunicado.
Assim sendo “tratou-se claramente de um erro de escolha, o que aliás foi sinalizado logo nas eleições, com o resultado eleitoral alcançado na União de Freguesias de onde é oriundo, e de onde vinha de uma sucessão de mandatos como presidente da Junta. Claro que se o PS pensasse que uma vez eleito o seu representante na câmara ia ser mais um a alinhar com o PSD nunca o tinha incluído nas listas”, garante a concelhia.
O comunicado socialista envia, também, farpas aos social-democratas: “O facto do PSD e o seu presidente da Câmara estarem exultantes com a formalização da saída do referido ex-vereador do PS, prende-se com a tentativa de desviar as atenções dos seu partido onde, aí sim, existe uma verdadeira luta interna pela próxima liderança partidária, um verdadeiro “saco de gatos”, como é visível no mau estar interno dentro da Câmara e pessoas do partido próximas à liderança, o que afeta o trabalho e desempenho municipal, que é péssimo, com consequências nefastas para todos os esposendenses”.
Recorde-se que o PSD recorreu, também, às redes sociais para emitir um comunicado onde referia que “a decisão de abandonar o Partido Socialista, agora tomada pelo Sr. Vereador Luís Peixoto, não nos surpreende, pois sempre denunciamos esta forma de fazer política que, em nada, beneficia, o concelho de Esposende”.
“Nada que não se esperasse, tal como alguém disse, fazer a mesma coisa repetidamente e com os mesmos protagonistas, conduzirá sempre ao mesmo resultado, neste caso a derrota e destruição do PS de Esposende”, refere o PSD.
Declarações contrapostas veementemente pelos socialistas: “Quanto ao PS, nunca esteve tão forte e unido, como resulta do facto da atual Comissão Política ter sido eleita por voto secreto dos militantes, só com votos favoráveis de todos aqueles que tinham capacidade eleitoral ativa (o que não aconteceu com o referido ex-vereador, que não pôde votar, nem concorrer por estar em situação irregular de quotas já há alguns anos)”.
“O crescimento do número de militantes e a adesão de jovens, desde a tomada de posse da atual direção do partido, é o reconhecimento do nosso trabalho”, destaca o PS.
Assim, diz a concelhia socialista, que “pode continuar a estar o PSD nervoso com o PS de Esposende, que vai continuar a fazer o seu trabalho, como até aqui, e quem está à frente do partido não se vende, não se deixa seduzir pelas generosas ofertas do PSD e do presidente da Câmara, para se juntarem a eles”.
“Estamos na política para servir e pelo interesse público. Não estamos agarrados aos cargos, não estamos aqui para nos servirmos, nem para defender interesses pessoais, particulares e negócios. Andamos de cara levantada, por muito que isso intrigue e irrite o PSD de Esposende e o seu presidente. Nem tudo se compra, nem tudo se vende!” conclui o comunicado do PS.