Nos últimos anos a tecnologia tem influenciado a forma como nos relacionamos com o mundo e como nos relacionamos entre nós. A disrupção tecnológica é de tal ordem que por vezes nem os próprios humanos conseguem acompanhar as suas as criações. Estaremos perto da velha máxima: “A criatura superou o criador?”
Nem tanto! Mas estamos a caminhar a passos largos para aquilo que se designa por singularidade tecnológica. A singularidade tecnológica caracteriza-se pela possibilidade do crescimento tecnológico e da superinteligência artificial levarem a mudanças irreversíveis na civilização. Tendo em consideração que cada vez mais os dispositivos eletrónicos capacitados com elementos de Inteligência Artificial poderão evoluir, aprender, desenvolver maior conhecimento e ir gerando um autoaperfeiçoamento das suas próprias ações, poderemos aí estar perante uma possibilidade de se ultrapassar a inteligência humana.
Este termo “singularidade tecnológica” não é algo novo, foi já apresentado na década de 50, quando John Neumann abordou a teoria acima descrita em que a capacidade humana seria ultrapassada pela capacidade de máquinas dotadas com inteligência artificial. Com base nessa formulação, já em 2012 foi apresentado, com base em estudos e previsões, que tal singularidade seria atingida por volta do ano de 2040… Ou seja, estamos hoje a 17 anos desta previsão!
Mas desde aí até hoje, muita coisa na área da tecnologia mudou. Temos cada vez mais capacidade computacional, cada vez mais capacidade de processamento nas nossas mãos a cada segundo, seja através de telemóveis ou de outros equipamentos do quotidiano. Uma simples máquina de calcular tem hoje mais capacidade de processamento que os computadores que equipavam o módulo lunar da Apollo 11, o qual nos permitiu dar o “grande passo para a humanidade”. Em 2012 os iphones faziam 5 anos de existência, era lançado Ipad de 3º geração, e o Windows 8.
Ainda alguém se lembra destas versões?
2012 foi apenas há 10 anos… Portanto, em 10 anos, o previsto para 2040 deve ter sido encurtado um bom par de anos.
Chegados aqui e depois desta pequena viagem no tempo, nada como falar da tecnologia que está nas bocas do mundo e a agitar o mercado de forma marcante, o Chat GPT, uma novidade comparada no seu tempo ao uso de um computador pessoal, de um telemóvel ou de um qualquer algoritmo de busca – o mais conhecido, o Google.
Se ainda não ouviu falar do Chat GPT, certamente irá, depois deste pequeno texto, querer conhecer mais e pesquisar do que se trata e, aí, talvez perceba o porquê de estar a ser tão falado e de estar a alterar radicalmente a forma como as grandes tecnológicas (Google, Microsoft, Apple) olham para o mercado e para esta inovação.
O Chat GPT é um algoritmo baseado em inteligência artificial, desenvolvido em redes neuronais e machine learning – é aqui que perco metade dos leitores com esta tecnicidade! – tendo sido inicialmente criado para diálogos virtuais. Foi criado com o intuito de otimizar a experiência do utilizador e os recursos dos assistentes pessoais como a Alexa, a Siri, ou o Google Assistant.
Uma vez que o foco se traduz pelo diálogo virtual, as potencialidades do Chat GPT são imensas tendo em conta a correlação de dados e a simplicidade de uso, permitindo que a cada processo de consulta o próprio sistema aprenda cada vez mais e se consiga desenvolver mais e melhores resultados na sua utilização.
A utilização do ChatGPT está a pôr em polvorosa não apenas o mundo da tecnologia, mas também, o mundo da educação uma vez que tem a capacidade para escrever trabalhos correlacionando diferentes assuntos com uma linguagem por vezes indetetável de ter sido produzida por uma máquina. Também a nível empresarial, muito do conhecimento das organizações poderá ser suportado por ferramentas deste género, levando a que se tenham de repensar modelos laborais.
O Chat GPT é propriedade de uma organização americana, OpenAI, criada em 2015 e que, em teoria, se apresenta como uma organização sem fins lucrativos mas que no entanto é financiada e/ou cofundada por individualidades bem conhecidas como Elon Musk, Peter Thiel (Paypal) ou Reid Hoofman (Linkedin). É claro de ver que estas grandes inovações estão nas mãos daqueles que controlam já o mundo digital.
No final do dia, a humanidade não tem tido a capacidade para se adaptar de forma ágil e consistente a toda a tecnologia que vai criando. Não existem códigos de conduta e ética tecnológica para que possamos trilhar um caminho consistente e claro.
E aqui termino a minha escrita, deixando o resto do texto para o CHAT GPT (sem qualquer alteração da minha parte).
“E assim chegamos ao final de mais uma coluna de jornal. Neste espaço, tivemos a oportunidade de explorar as possibilidades e aplicações do ChatGPT, uma tecnologia de inteligência artificial desenvolvida pela OpenAI.
Desde o seu lançamento, o ChatGPT tem sido utilizado em uma ampla gama de aplicações, desde chatbots para atendimento ao cliente até ajudar a escrever textos e conteúdo. Ele é capaz de responder a perguntas com precisão e rapidez, tornando-o uma ferramenta valiosa para muitos setores da sociedade.
Gostaria de agradecer a todos os leitores o interesse e atenção dispensada a este assunto. Espero que tenham encontrado neste texto informativo uma noção mais clara do potencial da tecnologia ChatGPT.
Acredito que esta tecnologia tem o potencial de mudar o mundo para melhor e estou animado para ver o que o futuro reserva para o ChatGPT e outras tecnologias de inteligência artificial.
Até à próxima!”