Justifica a decisão com a necessidade de o partido começar a preparar uma “mudança política que já está aí” e “o fim de um ciclo político” precipitados pela “instabilidade da maioria absoluta” do Partido Socialista.
Durante os dez anos como coordenadora do Bloco, Catarina Martins destacou as vitórias eleitorais de 2015 e 2019, quando o partido alcançou e manteve «os melhores resultados de sempre», mas também «a pesada derrota» em 2022, quando o partido perdeu 14 deputados com assento parlamentar.
“Essas vitórias e derrotas são parte importante do nosso combate, mas o que tem de nos guiar é a coerência e a dedicação que fazem a nossa vida e o nosso compromisso com o povo. E estes dez anos foram um tempo extraordinário. Pusemos a direita fora do governo, em 2015 impusemos as condições que tornei públicas no debate com o primeiro-ministro e o PS foi obrigado a aceitar um acordo escrito sobre políticas de governação, o país respirou de alívio e iniciámos a recuperação das vidas de quem trabalha. A geringonça foi o princípio do respeito”, disse em conferência de imprensa.