Em São Lázaro é assim. Paróquia puramente urbana com dezenas de compassos a saírem às ruas. Muitos constituídos por grupos de jovens, outros os escuteiros ou puramente famílias, com a cruz a passar de geração em geração.
Outra das realidades é a presença do sotaque “açucarado”. Os brasileiros são aos milhares em Braga e que entram nas comunidades, respeitando os rituais mas acrescentando outros como a picanha em vez do cabrito.
A verdade é que por devoção ou por hábito, com mais leigos e menos padres, não há Páscoa sem a “crux cum passo Domino”.
O ritual esse é simples. Consiste na visita dos fiéis, liderados pelo padre ou pelos leigos, a todas as casas da paróquia para anunciar a Ressurreição de Jesus Cristo.
A visita inclui a bênção das casas, a oferta de orações, a distribuição de água benta e o recolhimento de donativos.
A tradição é mantida mesmo com o crescimento urbano da cidade e o aumento do número de edifícios.
Os voluntários que lideram os percursos são escolhidos facilmente e mantêm os trajetos inalterados, apesar de alguns paroquianos preferirem receber a cruz em outras horas.
Apesar das variações no número de visitas, devido à carteira de cada um ou à época do ano em que a Páscoa ocorre, o ritual do compasso continua a ser um momento de fé e devoção em Braga e em outras partes do país.