Ao que apurou o jornal E24, esta organização policriminal italiana, com ligações ao primeiro comando da Capital do Brasil, é responsável pelo transporte e Tráfico de grandes quantidades de cocaína para a Europa, tráfico de armas, posse ilegal de armas, fraude e evasão fiscal, branqueamento de capitais e Corrupção.
Esta ação policial, coordenada pela Unidade Nacional Contra Terrorismo e do Gabinete de Recuperação de Ativos da PJ, em concertação com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal, no âmbito de cooperação judiciária e policial com as autoridades italianas, teve lugar em Portugal em Braga, Vila Nova de Gaia, Aveiro e Lisboa.
“Foi detido um homem, de 62 de idade, de nacionalidade italiana, e encontra-se indiciado pela prática de crimes de associação criminosa, de branqueamento de capitais, e de tráfico de estupefacientes, saldando-se na apreensão vastos elementos de prova, documentos, viaturas e dinheiro (cerca de meio milhão de euros), bem como o arresto dos ativos de nove sociedades comerciais, incluindo cinco estabelecimentos de restauração”, afirmou a PJ.
A ação policial em causa inseriu-se numa grande operação internacional que se desenrolou no continente Europeu, nomeadamente em Itália, Alemanha, Espanha, França, Bélgica, Eslovénia, Roménia, e ainda na América do Sul, em países como no Brasil e no Panamá.
A rede criminosa objeto de investigação, liderada por famílias poderosas da Calábria, estiveram envolvidas durante décadas em episódios de violência entre clãs, com vários confrontos armados em San Luca, que culminaram em tiroteios em massa em Itália e no estrangeiro, com particular destaque para o massacre de Duisburg, na Alemanha, em 2007.
Globalmente a Operação “EUREKA” resultou da detenção de 108 suspeitos ligados à organização mafiosa.