Ainda o ano não vai a meio, e Portugal já esgotou os recursos naturais disponíveis para este ano (estando a partir de agora a utilizar recursos que só deveriam ser consumidos em 2024), e encontra-se em estado de seca severa ou extrema em 40% do território português.
A verdade é que, atualmente, o planeta não consegue dar resposta às necessidades de recursos apresentadas pela humanidade. Torna-se cada vez
mais fundamental garantir um desenvolvimento sustentável, isto é, garantir a satisfação das necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem as suas próprias necessidades.
Por isso, é tão importante mudar hábitos de vida, adotar práticas de consumo sustentável, mudar o paradigma de “usar e deitar fora”, escolhendo antes “ter menos, mas de melhor qualidade”. Cada um de nós pode fazer a diferença, e o primeiro passo é fazer uma reflexão sobre a nossa rotina diária. Experimentem fazer esse exercício! Vão ver que há algum hábito que podem mudar.
Outro exemplo. Numa sociedade em que as distâncias se medem em minutos e não em quilómetros, é apetecível optar por uma viagem de 5 minutos de carro, ao invés de escolher fazer uma caminhada de 20 minutos para chegar ao mesmo destino. Aqui, a mobilidade tem um impacto muito relevante: devemos deslocarmo-nos de forma sustentável, quer privilegiando os transportes coletivos, quer andando a pé ou de bicicleta.
Além disso, sendo o nosso país “detentor de tanto mar” e intitulado de “país mais solarengo da Europa”, importa desenvolver a exploração das energias hídrica e solar.
Relativamente à declaração do estado de seca severa ou extrema em 40% do território português, que afeta maioritariamente a região sul do país, importa adotar medidas tempestivas, nomeadamente de apoio aos agricultores, que podem ver as suas culturas afetadas.