O movimento “Pais em Luta”, criado para representar os anseios dos pais de crianças com NEE, tem chamado a atenção para a necessidade de uma verdadeira escola inclusiva.
“Inicialmente, identificaram a ausência de programas de férias inclusivos, mas conseguiram incentivar a criação de um programa municipal próprio. No entanto, a questão das pontas letivas, ou seja, os períodos antes e depois das aulas, ainda não foi resolvida”, destacam os pais em documento enviado ao E24.
Apesar do envolvimento do pelouro da educação e de uma recomendação aprovada por unanimidade na Assembleia Municipal, os “Pais em Luta” referem que “a resposta para esses tempos ainda não foi implementada”.
“Diante isto, muitos pais buscaram pré-inscrições nas IPSS com CATL, mas encontraram resistência. Algumas IPSS bloquearam seus emails ou ignoraram suas inscrições, alegando falta de recursos humanos especializados para acompanhar crianças com necessidades específicas”, destacam.
Os pais defendem uma resposta “inclusiva nas escolas”, como a parceria que o município está a desenvolver, mas questionam “o tratamento dado pelas IPSS, que se autodenominam instituições de solidariedade social”.
Sentem que a igualdade de oportunidades e inclusão de todas as crianças não está sendo cumprida.
Reunidos em nome de muitos outros pais, estes pais denunciam a discriminação enfrentada pelas IPSS do concelho de Braga e reivindicam “o direito de seus filhos serem tratados sem qualquer tipo de discriminação, assim como as crianças neurotípicas”.
Apesar da experiência dolorosa e frustrante, os pais persistem na exigência de direitos iguais para as crianças com necessidades específicas, instando todas as entidades e instituições a procurar soluções para acolher cada criança, independentemente de suas características e necessidades, em vez de perpetuar a discriminação.