O presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, anunciou mais uma vez ter conseguido consenso para a solução da Barra de Esposende.
O autarca de Esposende almoçou com o Secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, o Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, e mostrou estudo de caracterização de riscos e programa de intervenção para a proteção da restinga de Ofir e barra do Cávado, encomendado pelo Município de Esposende e dado a conhecer publicamente em fevereiro passado.
“Investigação envolveu trabalho de campo e experiências em laboratório, com recurso ao modelo numérico avançado que avaliou o já existente e as vantagens do projeto proposto. Para alcançar os objetivos de reconstrução da restinga e reduzir o esforço de dragagem que afeta o canal de navegação do rio Cávado, é
sugerida a construção de um dique longitudinal, na margem esquerda do rio, paralelo à restinga que permite a fixação dos sedimentos. Já do lado do mar, a proposta avança com a construção de dois quebra-mar que facilitarão a acumulação de areia e a renaturalização da restinga”, deu conta o autarca.
Benjamim Pereira disse que o seu estudo e a melhor solução e lembrou que há cerca de dois milhões de euros de crédito, fruto da indeminização relativa à solução falhada na restinga de Esposende e de outros canais de financiamento, que poderiam suportar a intervenção.
Ora tudo isto é para Tito Sá “publicidade enganosa” e “propaganda”. Para o jovem do PS de Esposende, e que coordena a concelhia, Benjamim Pereira “age sempre em nome próprio, seria uma notícia com algum interesse, embora não muito, porquanto o dito consenso em nada resolvia o problema do arranjo da barra”.
“O pior de tudo é que se trata de publicidade enganosa, que não corresponde à realidade. Tendo sido uma reunião efectuada após o almoço, oferecido pelo presidente da Câmara com apenas dois dos Secretários de Estado, que não tutelam sequer áreas essenciais para a realização da obra, desde logo não estava presente ninguém do ministério das infraestruturas, nem da secretaria de estado das pescas responsável pelo programa “Mar 2020”, e não conhecendo repasto, não podemos dizer com certeza absoluta a razão da excitação de Benjamim Pereira no final do almoço, para o levar a tão precipitado e extravagante anúncio”, referiu Tito Sá.
Para o jovem socialista, que tem conseguido criar consenso em torno das soluções para o concelho junto da população de Esposende, “a obra da barra já devia ter sido feita”.
“Se não foi, não foi por falta de recursos financeiros, pois se juntarmos um milhão de uuros que a Câmara é depositária referentes ao vergonhoso acordo dos geocilindros, mais os sete milhões de euros que gastou no famoso, e abandonado, canal à volta de Esposende, só aí já somam cerca de 8 milhões de euros, mal gastos, que teriam dado para grande parte do imprescindível arranjo da barra”, destaca em nota de imprensa.
O PS refere que “estamos focados para que se faça a obra da Barra do Cávado, do género da que se fez na Barra do Douro, e não sacos de areia e outras experiências que não resolvem a questão. Essa é a nossa luta, essa é a luta de todos os esposendenses realmente importados com o desenvolvimento do concelho”, vaticina.