Numa cerimónia que teve a presença do Arcebispo de Braga, José Cordeiro, Benjamim Pereira anunciou também que será em setembro que o processo de expropriações dos terrenos do futuro parque da cidade vai arrancar.
A par destas novidades, o edil de Esposende fez um balanço, recente, positivo do tecido cultural, empresarial e social do concelho, dando nota do crescimento da população, assim como do número de empresas no concelho.
Mas foi no âmbito da habitação que Benjamim Pereira destacou “a resposta que o
município poderá dar no sentido de acautelar o acesso à habitação por parte daqueles que
têm menores recursos financeiros, nomeadamente os mais jovens”.
“O município, porque andou célere neste processo, tem a sua Estratégia Local de Habitação
aprovada e o acordo de financiamento assinado com o IHRU subscrito num valor global,
incluindo acesso a crédito, de mais de 18 milhões de euros. Este é um processo que já
temos em marcha e que, acreditamos manterá o mercado habitacional localmente
regulado e acessível”, referiu.
O autarca social democrata apresentou vários dados, o crescimento do número de empresas.
“Na ordem dos 23%, mais 886 empresas do que em 2013, cifrando-se em 4758. Verificou-se um aumento do volume de negócios de 26%, aproximando-se dos mil milhões de euros. O pessoal ao serviço, leia-se pessoas empregadas no concelho são 14 035, num aumento de 34%, para uma taxa de desemprego de 4%, ou seja, das mais baixas do país. O volume de exportações aumentou 65% cifrando-se em mais de 230 milhões de euros”, disse, destacando que em 2021, em plena pandemia, foram criadas 184 empresas, para uma taxa de sobrevivência de 64%.
“Para isso muito tem contribuído o Programa de Incentivos ao Investimento que já permitiu o apoio à expansão e criação de empresas num valor global superior a 420 mil assim como a criação da START Esposende, a incubadora e centro de negócios que tem sido veículo privilegiado para orientar o investimento estrangeiro e o empreendedorismo jovem no concelho”, frisou, dando como exemplo “o investimento de 25 milhões de euros da Vanguard, um dos maiores investidores imobiliários a operar no nosso país, na aquisição da Ooty, uma unidade de construção modular de madeira, cujas instalações se situam na zona industrial de Esposende.
Benjamim Pereira referiu ainda de uma boa recuperação do turismo no pós-pandemia, mas não deixou de referir a verbas “praticamente inexistentes” do estado parta financiamento local.
“Foi instituída como prática normal, a comparticipação dos municípios para obras e intervenções em áreas que são da exclusiva responsabilidade do estado, tal como aconteceu nas escolas ou nos equipamentos de saúde e de âmbito social. É legitimo que os municípios colaborem no esforço de desenvolvimento do seu território, mas não é sério e honesto colocar sobre a sua responsabilidade um esforço financeiro difícil de cumprir, que é usado como uma espécie de chantagem, pois vêem-se assim obrigados a subtrair investimento e apoios nas áreas que são da sua responsabilidade. Esta situação é ainda pior se atentarmos ao processo de transferência de competências que está a ser imposto aos municípios, que como todos sabem, continua a não ser financeiramente satisfatório em muitas áreas”, criticou o edil.
Olhando às contas do Município de Esposende, o edil deu boa nota, frisando que Esposende terminou o ano de 2021 com um saldo de gerência de 6, 5 milhões de euros e recordou obra feita.
“Desde a tomada de posse em outubro de 2021, procedemos a 21 inaugurações de equipamentos e espaços públicos no nosso concelho, tudo num valor próximo dos 10 milhões de euros”, destacou, assim como deu nota do que está e vai ser feito.
“Em curso estão obras importantes como a requalificação do Largo Rodrigues Sampaio, o Mercado Municipal, ou o Campo dos Sargaceiros em Apúlia, entre outras de menor monta, prevendo-se para setembro o arranque da construção do edifício do IPCA em Esposende e o processo de expropriações do Parque da Cidade de Esposende, que antecipa a sua construção”, apontou
O autarca recordou ainda que estão em elaboração projetos como a nova ponte pedonal e ciclável sobre o Cávado, da Zona Desportiva Municipal, da Instalação do Centro de Divulgação Científica no Forte de S. João, do Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha da Universidade do Minho, da Barra de Esposende, da Requalificação de Cedovém/Pedrinhas, da segunda fase da requalificação da Escola Secundária Henrique Medina, entre muitas outras obras de menor dimensão espalhadas pelo nosso território e que vão ao encontro dos compromissos assumidos com as populações das nossas freguesias.
“Uma agenda carregada, muito trabalho pela frente, mas a certeza de que estamos a transformar de forma estrutural e definitiva, o nosso concelho”, vaticinou.