Os agressores, dois traficantes com idades entre os 21 e 22 anos, sequestraram a vítima em Monção, onde estava refugiada com a namorada.
No entanto, a Polícia Judiciária do Porto conseguiu detê-los e, ontem, eles foram colocados em prisão preventiva.
De acordo com informações obtidas, no ano passado, em março, a vítima contraiu uma dívida relacionada ao tráfico de drogas com os dois jovens, que também residem em S. António dos Cavaleiros, Loures.
Incapaz de pagar o que devia, o funcionário público foi pressionado pelos traficantes e fugiu para o Norte do país, onde a namorada tinha uma casa de família numa aldeia de Monção.
No entanto, os dois jovens traficantes conseguiram obter o endereço da casa em Monção.
“Os fatos ocorreram em Monção, em março do ano passado, quando os detidos, acompanhados por um terceiro homem, se passaram por policiais, arrombaram a porta de entrada de uma residência onde um casal de namorados estava e agrediram violentamente o homem”, explicou a Polícia Judiciária.
A vítima foi mantida em cativeiro por aproximadamente 24 horas, sendo levada à força para um apartamento em Lisboa, onde permaneceu privada de sua liberdade até o final do dia seguinte.
Durante as buscas nas residências dos dois detidos, a Polícia Judiciária apreendeu várias milhares de euros em dinheiro e pequenas quantidades de drogas sintéticas, como MDMA e ecstasy.
Após arrombarem a porta da casa e enquanto o trio agredia o funcionário da AT, a mulher conseguiu escapar e alertar a GNR local.
No entanto, a vítima já estava sendo levada à força para um apartamento em Loures, onde continuou a ser espancada.
O sequestro ocorreu por volta das 20h00 e a vítima foi libertada após as 19h00 do dia seguinte, quando a Polícia Judiciária, alertada pela namorada, entrou em ação.
As agressões foram tão violentas que o funcionário da AT ficou cego de um olho, apesar de ter recebido atendimento hospitalar.
Após o sequestro, os agressores teriam fugido para o exterior, mas recentemente retornaram a Portugal e foram detetados pelo Polícia Judiciária.
O terceiro membro do grupo já havia sido detido, também pela Polícia Judiciária, no âmbito de um processo de tráfico de drogas.