A Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa aprovou hoje em Fátima, de forma unânime, medidas significativas para oferecer compensações financeiras às vítimas de abusos sexuais ocorridos no contexto da Igreja Católica em Portugal.
Este marco histórico representa um passo fundamental na busca por justiça e reparação para os sobreviventes dos terríveis crimes.
De acordo com a resolução adotada, os pedidos de compensação financeira serão recebidos entre junho e dezembro de 2024.
As vítimas poderão apresentar suas solicitações ao Grupo VITA ou às Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis.
Após a submissão dos pedidos, uma comissão de avaliação será encarregada de determinar os montantes das compensações a serem atribuídas às vítimas de abusos sexuais.
Além disso, foi decidida a criação de um fundo específico pela Conferência Episcopal Portuguesa para este propósito.
“Este fundo contará com o apoio solidário de todas as Dioceses, demonstrando o compromisso coletivo da Igreja em lidar de forma eficaz e compassiva com os danos causados às vítimas”, dá nota a Igreja Católica.
As autoridades eclesiásticas portuguesas enfatizaram que essas medidas fazem parte de um processo contínuo de reconciliação e reparação na Igreja em Portugal.
Os Bispos do país reiteraram seu compromisso absoluto em fazer tudo ao seu alcance para garantir a justiça e a cura das vítimas.
Expressaram também o desejo de que este processo de acolhimento, acompanhamento e prevenção contribua para uma ação mais eficaz da sociedade em geral no combate aos abusos sexuais.
Esta decisão reflete não apenas um reconhecimento dos erros do passado, mas também um firme compromisso em criar um ambiente seguro e acolhedor para todos os fiéis, especialmente para os mais vulneráveis.
Através dessas medidas, Portugal está dando um passo importante em direção à verdade, à justiça e à cura para aqueles que sofreram nas mãos daqueles em quem confiaram sua fé e sua segurança.