O tema da demolição do Fôjo foi discutido na recente sessão da Assembleia Municipal de Esposende. O presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, em declarações, enfatizou a ilegalidade da situação em que se encontra o Fôjo, destacando “problemas de segurança e salubridade”.
O anúncio, além disso, trouxe à tona planos para a sua demolição pela APA, com negociações em curso com os herdeiros do Sr. Sérgio, visando a aquisição de bens remanescentes no local.
Ora, o E24 decidiu ouvir algumas pessoas, ao qual teve resposta de Tito Evangelista, Rui Silva e Valdemar Faria.
Tito Evangelista: “Presevar um espírito do Fôjo num novo local”
Tito Evangelista, adiciona nota de cautela a este debate. Apesar de reconhecer a falta de conhecimento detalhado sobre os aspectos jurídicos envolvidos no caso do edifício e do estabelecimento, Evangelista destacou “a importância histórica e cultural do Fôjo”.
“Durante quatro décadas, o local foi um ícone de lazer não apenas para Fão, mas para toda a região norte, onde várias gerações, especialmente os jovens, desfrutaram e guardam com saudade as memórias”, afirma.
Tito Evangelista ressaltou ainda o papel do Fôjo como um último vestígio da boémia que caracterizava Fão, lamentando a “perda gradual de vitalidade e importância do município”.
“Esta perda, segundo ele, é particularmente prejudicial para os habitantes de Esposende, especialmente os residentes de Fão”, frisa.
Apesar de reconhecer o potencial interesse do município no espólio do estabelecimento e a concordância dos herdeiros com os planos da Câmara, Evangelista expressou uma preocupação mais profunda: “preservar o espírito único que atraiu multidões para o Fôjo ao longo das décadas”.
O socialista enfatizou “a necessidade de manter o encanto da vida noturna que caracterizava Fão”, sugerindo que, se possível, o espírito do Fôjo seja “mantido em um novo local, para que a comunidade possa continuar desfrutando da bela vida que sempre a caracterizou”.
Rui Silva: “Requalificação do Fôjo em Fão e Esposende”
O antigo líder do CDS-PP, Rui Silva, expressou recentemente sua opinião sobre o Fôjo, destacando-o como um patrimônio histórico de Fão e Esposende. Silva defende que o Fôjo é mais do que simplesmente um local de entretenimento; é um símbolo da história e identidade local.
Em suas declarações, Rui Silva propõe uma requalificação completa da área ribeirinha adjacente ao Fôjo, sugerindo a criação de um museu dedicado à história de Fão, do Fojo e do próprio Sérgio, uma figura icónica associada ao local. Rui Silva enfatiza a importância de preservar o legado histórico da região e tornar o local acessível a todos os visitantes de Fão e Esposende.
Além disso, Rui Silva sugere a colaboração entre a câmara municipal e os herdeiros do Sérgio para transformar o espaço em um ponto turístico imperdível. Isso incluiria não apenas a criação do museu, mas também a disponibilização de um pequeno bar de apoio à beira-rio, administrado pelos herdeiros.
A Junta de Freguesia de Fão e a Câmara Municipal de preservar e requalificar o Fojo do Sérgio, mantendo toda a sua traça e localização inclusivé acho eu em parceria com os seus filhos, esta é a minha opinião e que julgo ser também a de ene pessoas da minha geração e da anterior, que “inevitavelmente” terá com quase toda a certeza uma história uma vivência para contar, da qual, o Fojo e o Sérgio, fazem parte!!!
Também se os filhos estiveram de acordo, lançar um livro, como tantas vezes falamos (o Sérgio e eu) com os textos que ele foi escrevendo nas “toalhas de mesa”
NÃO DEIXEM MATAR O FOJO!!!