Mais de 50 empresários expressaram hoje preocupações durante a sessão sobre trabalho transfronteiriço “Diferenças Regulamentares em Matéria de Segurança Social entre Portugal e Espanha”, realizada no Museu Municipal de Caminha.
O evento, promovido no contexto da Mercatus – Agrupamento Europeu de Interesse Económico, organizado pela Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) em colaboração com a Câmara de Comércio de Tui, permitiu aos empresários compreenderem as principais disparidades entre os sistemas português e espanhol, bem como as barreiras que ainda necessitam de ser superadas para facilitar tanto a circulação de pessoas na região transfronteiriça entre o Norte de Portugal e a Galiza, como a contratação de trabalhadores para as empresas.
Os empresários manifestaram preocupação com as numerosas questões burocráticas que continuam a ser obstáculos à contratação e à circulação, criticando também a lentidão dos serviços públicos na resposta às necessidades das empresas.
Tanto para os empresários portugueses como para os espanhóis, “não é justificável que ainda existam processos tão morosos que atrasam a contratação de pessoal”.
Os empresários também se queixaram da “falta de mão-de-obra em determinados setores e da necessidade de formação técnica e equivalência formativa entre os dois países”.
Durante a sessão, foi apresentado o Serviço Eures (EURopean Employment Services) Transfronteiriço Norte de Portugal – Galiza.
No que diz respeito à Segurança Social, foram destacadas as diferenças na aplicação a trabalhadores transfronteiriços e, por fim, a convite da CEVAL, três empresários partilharam as suas experiências, dificuldades e desafios nestas matérias.
No próximo dia 6 de junho, será realizada uma nova ação no âmbito da Mercatus, que desta vez terá lugar no Polígono A Granxa de O Porriño, às 11 horas (horário de Portugal), com o objetivo de fornecer respostas aos empresários sobre Arbitragem Comercial.