O Fórum Esposendense, e depois de um interregno, volta a “soltar” no rio Cávado um encontro de embarcações tradicionais.
É da décima terceira edição junta este fim de semana em Esposende, dia 1 e 2 de junho na foz do rio Cávado, a essência da vela portuguesa.
O programa prevê a saída ao rio das “catraias”, embarcações que outra viviam nos principais rios de Portugal, que adotaram nomes como bote cacilheiro ou catraio.
Em Esposende a embarcação “Santa Maria dos Anjos” acaba por ser a rainha das catraias que vai navegar as águas “cavadas” do rio. Mas também um tradicional barco fúnebre estará nas águas do rio Cávado.
No sábado de manhã, pelas 10h00 e durante três horas, as embarcações entraram no rio na zona do Estaleiro para passear no leito do rio. No domingo, à mesma horas, estas embarcações voltam ao rio.
No âmbito deste encontro será também lançado o livro “Marcas e Siglas dos Marinheiros da Guarda*, apresentado por Celso Rodrigues e realizada uma palestra “A Arte da Construção Naval” por José Saraiva de Oliveira, carpinteiro naval.
História das embarcações de Esposende
“Batel” de Fão era uma pequena embarcação de transfega quando as embarcações maiores não conseguia atracar ou passar em pontes, como o caso da medieval de Barcelos que impedia as embarcações grandes de subir até Braga (Ponte de Prado). de fundo chato e com cerca de 4,5 metros de comprimento se apresenta como provável herdeiro desses barcos de transfega.
Daqui surgem os “Varadouros” de Esposende, que acabam por ser embarcações comerciais, à semelhança das de Aveiro, que seriam as “ford transit” das feiras de hoje em dia.
O varadouro acabou por dar origem à Catraia, mais pequena, mas que teve um papel importante no comércio entre ambos lados das margens do rio Cávado, quer no transporte de comércio quer no transporte de pessoas.