Em 416 (parte I), outro povo germânico, mas já com alguma romanização, dá entrada na Península Ibérica, os Visigodos.
Os Romanos, numa tentativa desesperada pela sua sobrevivência, lançaram bárbaros contra bárbaros, e, os Visigodos, triunfaram sobre Alanos e Vândalos. Quase meio milénio após a fundação de Bracara Augusta e aproximadamente 170 anos da sua elevação a Capital da Galécia, e menos de meio século sobre a chegada do povo suevo ao território, e já em paz com os nativos brácaro-galaicos, o Rei Requiário, determinou que Bracara, seria a Capital do primeiro reino cristão da Europa, em 448, com a sua conversão ao cristianismo.
Requiário, desejou expandir os seus domínios para Este, que se julga também terem estado antes incorporados na antiga província romana da Galécia…e mais além. Só que, em 456, os planos saíram gorados, nas margens do Rio Órbigo, nas proximidades de Astorga, tendo o exército visigodo surgido no seu caminho, obrigando-o a retirar-se para a sua capital, Bracara.
Apesar de casado com uma filha do rei visigodo, rompeu com a paz, devido às exigências feitas pelos Visigodos, que se aliaram aos Romanos poucos anos antes. Contudo, as tropas visigodas, lideradas por Teodorico II, e fortalecidas com romanos e francos, seguiram no seu encalço, tendo provocado uma enorme devastação e pilhagem pelo reino, incluindo a capital, Bracara. Era sabido que, os Visigodos, apesar de terem sido aliados dos Suevos, não viam com bons olhos o fortalecimento do Reino Suevo e a sua necessidade de crescer.
O Rei Requiário havia conseguido fugir em direcção a Portus Cale, para, possivelmente, embarcar em busca de auxílio, mas foi aí capturado, tendo sido executado no final do ano seguinte, sendo a administração do Reino Suevo entregue a Aguilfo, agente próximo do rei visigodo. O Reino Suevo ficou numa situação de grande instabilidade política, e, com as atrocidades cometidas pelos Visigodos, tanto à população hispano-romana, como à população germânica, estas se revoltaram, dando início a uma guerra civil entre dois partidos representativos das duas principais tribos suevas da região, os quados e os marcomanos cada qual apoiando um pretendente ao trono suevo.
Só com a conversão ao arianismo, por parte do Rei Remismundo, em 465, foi possível garantir a sobrevivência do Reino Suevo até final do século VI. No entanto, ficavam fragilizados os alicerces de um território, no que respeita à manutenção de um Estado, que o representasse até aos dias de hoje, com capital na actual Cidade de Braga.