O PSD realiza este fim de semana, em Braga, o seu 42.º Congresso, adiado devido aos incêndios que assolaram o país.
A reunião acontece num contexto de incerteza quanto à aprovação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
As negociações entre o primeiro-ministro Luís Montenegro e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, não chegaram a acordo, sendo que o PS decidirá na segunda-feira o seu sentido de voto, crucial para a viabilização do documento.
As relações com o Chega também se deterioraram, com acusações trocadas entre André Ventura e Montenegro. O líder do PSD garantiu que nunca houve qualquer proposta de acordo com o Chega, apesar das sugestões de Ventura nesse sentido.
Durante o congresso, Montenegro, que foi reeleito com 97,45% dos votos, deverá traçar as metas do partido, incluindo a vitória nas autárquicas de 2025 e a eleição de um novo Presidente da República, com Marques Mendes apontado como um dos possíveis candidatos do PSD.
Uma das incógnitas do congresso será a renovação nos órgãos nacionais do partido, com a possibilidade de mudanças entre os atuais vice-presidentes, todos ocupando cargos no Governo ou Parlamento Europeu.
O tema da continuidade de Miguel Albuquerque na presidência da Mesa do Congresso também deverá ser debatido.
No arranque do congresso, está prevista a votação de alterações estatutárias, após o Tribunal Constitucional ter rejeitado a proposta de estatutos aprovada no último congresso extraordinário.