Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, anunciou hoje a criação no IPO- Porto do primeiro Centro Nacional de Protonterapia (CNP) em Portugal.
O projeto será financiado através de uma parceria entre a Fundación Amancio Ortega (FAO), o Governo português e o IPO Porto, integrando o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A cerimónia de assinatura do acordo de compromisso contou com a presença da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e do Ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.
A FAO comprometeu-se a doar 80 milhões de euros para a aquisição de dois aceleradores de protões, num dos maiores atos de mecenato registados em Portugal.
Além deste financiamento, os fundos comunitários do Programa Regional Norte 2030 cobrirão quase a totalidade dos custos de infraestruturas.
O presidente do IPO Porto, Júlio Oliveira, sublinhou a importância da FAO neste projeto, destacando que o trabalho desenvolvido pela fundação em Espanha é inspirador e que a expansão para Portugal trará um impacto significativo.
“Esta aposta na saúde e no SNS é motivo de orgulho para todos nós que lutamos diariamente ao lado dos doentes”, afirmou.
O Centro Nacional de Protonterapia representa um marco no tratamento oncológico em Portugal, oferecendo uma técnica de radioterapia de maior precisão, com menos efeitos secundários em comparação com a radioterapia convencional. Atualmente, esta tecnologia não está disponível no país.
O acordo foi assinado por representantes do IPO Porto, da FAO e de diversas entidades governamentais, com o objetivo de concretizar o projeto num horizonte de três a quatro anos.