A Guarda Nacional Republicana (GNR) conta com uma componente cinotécnica fundamental para a segurança pública em Portugal, integrando 287 cães distribuídos por todos os distritos e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Estes cães, com mais de dois anos, são treinados em várias especialidades para apoiar as operações de patrulhamento e segurança.
A componente cinotécnica da GNR é composta por equipas que utilizam cães treinados para várias funções, como a deteção de drogas, explosivos, armas e papel-moeda, assim como busca e resgate de pessoas desaparecidas em áreas rurais e em escombros.
Além disso, estas equipas desempenham um papel crucial na segurança de instalações sensíveis e na manutenção da ordem pública. Entre as raças mais utilizadas destacam-se o Pastor Belga Malinois, Pastor Alemão, Pastor Holandês e o Labrador Retriever.
Para garantir a eficácia das operações, os cães passam por um treino intensivo que os prepara fisicamente e reforça a ligação com os militares da GNR. Esta relação é considerada essencial para o sucesso, sendo construída com base em confiança e dedicação mútua. Os tratadores recebem formação específica, que lhes permite comunicar eficazmente com os cães e optimizar o trabalho em equipa.
Além das funções operacionais, a GNR utiliza os cães em sessões de cinoterapia para crianças com necessidades educativas especiais, promovendo o desenvolvimento de competências cognitivas e emocionais e sensibilizando para a segurança rodoviária.
A nível europeu, a GNR tem-se destacado com formação especializada promovida pela Frontex.
Desde 2017, a instituição implementa padrões europeus na sua área cinotécnica e envia cerca de 20 binómios para a vigilância das fronteiras externas da União Europeia.
Atualmente, possui diversos militares certificados ao nível europeu, consolidando a GNR como uma referência na segurança cinotécnica na Europa.