O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, manifestou hoje o seu “repúdio total” perante a confissão do militante Tiago Mayan sobre a falsificação de assinaturas do júri do Fundo de Apoio ao Associativismo do Porto.
Rui Rocha anunciou que foi instaurado um processo disciplinar contra Mayan, medida que poderá culminar na sua expulsão do partido.
Tiago Mayan, ex-candidato presidencial e atual presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, no Porto, admitiu ter falsificado as assinaturas de documentos relacionados com o referido fundo. O político, associado à oposição interna à atual liderança de Rui Rocha, já apresentou a sua demissão do cargo.
Rui Rocha, à margem de um evento na Batalha, declarou que “não há complacência” dentro da Iniciativa Liberal para este tipo de atos. “O processo disciplinar servirá para apurar responsabilidades e determinar consequências. Atendendo à gravidade dos factos, a expulsão é uma possibilidade”, referiu o líder partidário.
Para além das repercussões internas, Rui Rocha enfatizou a possibilidade de uma investigação judicial, sublinhando que “ninguém está acima da lei, muito menos quem ocupa cargos públicos”. Em relação à possibilidade de Tiago Mayan avançar com uma candidatura à presidência do partido, Rocha indicou que caberá ao próprio avaliar as suas condições para tal.
A falsificação está relacionada com uma ata da reunião de 16 de setembro, que Mayan admitiu ter redigido e assinado em nome dos membros do júri. O político assumiu a responsabilidade, isentando os seus colegas.