Os incêndios de há dois meses deixaram um rasto de destruição no Norte do país, com Cabeceiras de Basto a destacar-se como o concelho do distrito de Braga, no Minho, com o maior prejuízo declarado.
Segundo dados da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), 900 agricultores da região declararam prejuízos totais de 3,6 milhões de euros. Contudo, o apoio efetivo será limitado a 2,6 milhões, devido ao teto máximo de seis mil euros por candidatura.
O prejuízo total ao capital produtivo na região ascende a 3,5 milhões de euros, incluindo 287 mil euros em alimentação animal e 85 mil euros relacionados com a morte de animais.
Baião, no distrito do Porto, foi o concelho com maior montante declarado (569 mil euros), seguido de Resende e Cinfães, ambos no distrito de Viseu.
Na região Norte, os incêndios afetaram 3.203 agricultores e 8.169 hectares de parcelas agrícolas, dos quais 1.700 parcelas foram danificadas. Além disso, registaram-se 295 construções agrícolas afetadas.
No total, arderam 69.830 hectares, incluindo 28.116 de matos e 24.200 de diversas espécies florestais.
Os números reforçam a gravidade dos incêndios e a necessidade de medidas de recuperação e apoio aos agricultores para mitigar os danos.
