O deputado Eduardo Teixeira, eleito pelo CHEGA no distrito de Viana do Castelo, manifestou hoje a sua profunda preocupação com o impacto social e económico do encerramento anunciado da unidade fabril da Coindu – Componentes Para a Indústria Automóvel, S.A. na região.
O fecho da fábrica, previsto para o final do ano, deixará cerca de 350 trabalhadores sem emprego. Esta é a mesma fábrica que em 2022 recebeu 4ME de recapitalização depois de te ameaçado encerramento. Mas mesmo assim depois logo a seguri 103 trabalhadores e agora anunciou fecho até 31 de dezembro.
Eduardo Teixeira sublinhou que o encerramento desta fábrica, especializada em capas de assentos e peças decorativas para interiores automóveis, representa “um golpe significativo para uma empresa que conta com quase quatro décadas de atividade”.
“A Coindu tem sido uma referência no setor, com quatro unidades fabris e um volume de negócios acima dos 250 milhões de euros. Esta decisão abrupta é um retrocesso para o distrito e uma ameaça à estabilidade de centenas de famílias”, afirmou.
A situação gerou especial estranheza devido ao recente envolvimento do Gruppo Mastrotto, que adquiriu uma participação maioritária na Coindu.
Segundo Eduardo Teixeira, “no momento da transação, foi garantido que a operação visava consolidar a estabilidade financeira e operacional da empresa. Contudo, pouco tempo depois, enfrentamos esta realidade desoladora.”
Com base na gravidade dos acontecimentos, os deputados do CHEGA anunciaram o pedido de audições urgentes no Parlamento.
O requerimento, assinado pelo Grupo Parlamentar do CHEGA, solicita a presença de Chiara Mastrotto, presidente do Gruppo Mastrotto; António Cândido, CEO da Coindu, Adriano Rafael Moreira, Secretário de Estado do Trabalho, e Maria Fernanda Ferreira Campos, Inspetora-Geral da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
“O objetivo destas audições é esclarecer as circunstâncias que levaram ao encerramento e assegurar que os direitos dos trabalhadores são devidamente protegidos. É inaceitável que esta situação tenha apanhado os sindicatos e os funcionários completamente de surpresa”, destacou.
Eduardo Teixeira apelou ainda ao governo para que “atue de forma decisiva”, incentivando possíveis soluções que minimizem os danos causados pela decisão empresarial, “incluindo a atração de novos investimentos para a região“.