Já desde agosto que o assunto é discutido nos corredores políticos, sendo mesmo dado como praticamente certo. Mas o E24 está em condições em afirmar que Adélio Miranda e Américo Afonso vão ser os novos rostos da administração das ULS de Barcelos/Esposende e ULS Braga, respetivamente.
O processo terá que ficar concluído até final de janeiro.
No caso de Barcelos/Esposende (BE), Adélio Miranda foi convidado para o cargo ao “mais alto nível”. Ligado ao PSD, Adélio Miranda foi líder da bancada dos sociais democratas na Assembleia Municipal de Barcelos e é especialista em Medicina em Saúde Familiar.
A atual direção da ULSBE, liderada por Tiago Gonçalves, homem que foi colocado em Barcelos pelo então Governo de António Costa, vê agora o Governo de direita de Luís Montenegro responder “na mesma moeda”.
A administração será mesmo exonerada, recebendo desta forma uma indemnização. Bárbara Ferreira, enfermeira, será outro apontado a integrar a nova administração da ULSBE que terá a responsabilidade de gerir a saúde de dois concelhos com um total de cerca de 150 mil habitantes.
Já em Braga, a ULS verá o vogal Américo Afonso, nomeado pela CIM do Cávado para integrar a administração de Domingos Sousa, subir ao mais alto posto.
Atual vogal executivo da instituição e antigo diretor do Hospital de São Marcos, Américo, natural de Castro Laboreiro, concelho de Melgaço, será o nome que as “altas esferas da saúde” vão alegadamente colocar na ULS Braga.
A basta experiência na administração hospitalar, professor catedrático de Medicina Dentária e ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária são argumentos que “Lisboa” aponta como justificação à mudança.
Américo Afonso terá a responsabilidade de gerir os serviços que abrangem cerca de 1,2 milhões de utentes na região do Minho.
O Hospital de Braga e os centros de saúde integrados nos municípios de Amares, Braga, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde serão diretamente impactados pela sua liderança.
O E24 tentou obter da atual administração da ULS Braga, mas esta apenas afirmou que “continua a trabalhar em prol dos utentes” e que “desconheço qualquer dado ou contacto sobre o assunto”.
O que é que as ULS ganham com estas mudanças?
Será que vão retroceder como as demais aonde as mudanças foram sempre para pior?
A gestão de uma ULS é de tal forma abrangente que não é o cartão, ou identificação, partidária, que resolve o que quer que seja.
Ao fim e ao cabo este Governo está empenhado em destruir o SNS e distribuir receita das nossas contribuições e impostos pelos amigos. Diga-se: privados que não tem de investir um cêntimo. O OGE e a Segurança Social pagam tudo.
Neste contexto as escolhas tem razão de ser.
Quando tivermos de morrer em casa talvez o SNS venha a ser revitalizado porque é a solução adequada às necessidades das populações e o setor privado não existe para beneficiar ninguém que não os interesses a eles ligados.
A classe formada com o dinheiro público é cúmplice de todo este conluio simplesmente, num curto prazo, o contribuinte não terá rendimentos e, por ação direta dos neoliberais, os impostos vão baixar e as receitas do OGE voltarão ao tempo em que para o ensino superior só irão os de maiores posses que serão uma minoria o que implicará maior escassez de recursos Humanos. Seja para o publico como para o privado.
Conclusão:
O caos na saúde pública é uma procissão que ainda está no adro…
… moderar comentários faz-me lembrar a censura. E, como fui vitima desse vergonhoso atentado à liberdade de expressão não posso deixar de lamentar que o jornalusmo modrrno aonda se reja por valores que o nazismo incutiu e o fascismo implementou.
Sem outro assunto de momento me subscrevo.
Atentamente
António Fernandes