Braga 25 prepara-se para assumir o título de Capital Portuguesa da Cultura, com o objetivo de ir além dos indicadores tradicionais de participação e propostas.
Joana Meneses, coordenadora executiva do projeto Braga 25, destaca que o verdadeiro impacto transcende números e reside na construção de um legado cultural significativo e duradouro.
O programa oficial arranca a 25 de janeiro com 12 horas de programação contínua, marcando o início de um ano repleto de atividades culturais diárias e momentos celebrativos, como as emblemáticas festas de São João e Noite Branca.
A iniciativa envolverá 180 parceiros locais e contará com colaborações supramunicipais, incluindo o projeto Square, que une Braga, Barcelos, Famalicão e Guimarães.
A ambição passa por posicionar Braga como uma montra da criação artística contemporânea portuguesa.
Entre os parceiros estão instituições de renome, como o Teatro Nacional Dona Maria II, o Teatro Nacional de São João, a Companhia Nacional de Bailado e a Jovem Orquestra Portuguesa.
Joana Meneses espera que o título atraia novos públicos e contribua para a notoriedade nacional e internacional da cidade.
Braga 25 é uma das três cidades distinguidas pelo Governo como Capital Portuguesa da Cultura, ao lado de Aveiro (2024) e Ponta Delgada (2026). Este reconhecimento surge no contexto das candidaturas a Capital Europeia da Cultura 2027, título conquistado por Évora.
Apesar das eleições autárquicas de 2025, Joana Meneses garante que a programação da Braga 25 não será afetada.
“Temos um orçamento aprovado e um programa definido desde 2023”, assegura, sublinhando que mudanças políticas não comprometem projetos bem estruturados.
A acessibilidade e a inclusão são prioridades do projeto, que visa integrar comunidades diversas. Contudo, Meneses reconhece que há sempre trabalho a fazer para alcançar mais pessoas, citando como exemplo a falta de envolvimento do Presépio ao Vivo de Priscos, que trabalha com reclusos.