Após 1361 dias de ausência, Donald Trump faz hoje o seu regresso oficial à Casa Branca, prometendo um “dia um” repleto de ações decisivas.
O novo presidente republicano planeia emitir mais de uma centena de ordens executivas, abrangendo desde o perdão aos envolvidos na invasão do Capitólio, até à implementação de medidas rigorosas contra a imigração.
A imigração será uma prioridade central, com Trump a anunciar operações de fiscalização massiva.
Segundo o “The Wall Street Journal“, a administração já está a preparar rusgas em Chicago para amanhã, visando imigrantes sem documentos, especialmente aqueles com antecedentes criminais.
Outras cidades democratas, como Washington D.C. e Denver, também estão na mira.
Para apoiar estas operações, o magnata propõe aumentar o número de agentes do Serviço de Imigração e Controlo Alfandegário (ICE).
Além disso, Trump está a considerar a reinstauração de políticas do seu primeiro mandato, como o programa que mantinha os requerentes de asilo no México.
De acordo com o “The New York Times“, o presidente poderá ainda reativar a figura jurídica conhecida como Title 42, que permite o fechamento da fronteira em situações de emergência sanitária.
No entanto, especialistas alertam que a execução destas políticas enfrentará uma forte resistência da sociedade civil, do sistema judicial e até de outros países. Rui Henrique Santos, especialista em Relações Internacionais, sublinha que Trump poderá culpar “inimigos” pela incapacidade de deportar todos os 11 milhões de imigrantes em situação irregular.
Outras propostas controversas incluem a revogação da cidadania para quem nasce nos EUA, um ato que desafia a 14ª Emenda da Constituição.