O contra-almirante José Vizinha Mirones, diretor-geral da Autoridade Marítima Nacional (AMN), afirmou hoje, em Viana do Castelo, que o plano de investimento para a renovação da frota da AMN ainda não está concluído, mas garantiu que não há “nenhuma emergência” de meios operacionais.
“A AMN tem os meios necessários para cumprir a sua missão. Estamos a falar de uma renovação programada e planeada”, sublinhou.
O responsável falou ao E24 no final da cerimónia de entrega de duas embarcações salva-vidas semirrígidas de terceira geração, construídas pela empresa Navallethes, sediada em Viana do Castelo.
As embarcações, orçadas em cerca de 700 mil euros, têm 11 metros de comprimento, estão equipadas com dois motores de 300 cavalos e destinam-se a operações de salvamento em condições ambientais adversas. Foram entregues ao Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) para servir as capitanias de Aveiro e Ponta Delgada, nos Açores.
Vizinha Mirones destacou que a renovação da frota será feita de forma “planeada e programada”, em parceria com o tecido empresarial português.
“Este é um exemplo de uma ligação virtuosa, que espero que se robusteça para o desenvolvimento da indústria local”, afirmou, referindo-se à Navallethes.
O contra-almirante adiantou ainda que o plano de investimento terá de ser discutido com a tutela, considerando “prematuro falar de valores”.
O administrador da Navallethes, Francisco Portela Rosa, destacou a parceria com a Marinha e a AMN, afirmando que os desafios lançados têm impulsionado a inovação na empresa.
As novas embarcações benzidas hoje em Viana, dotadas de sistemas de auto-adriçamento e com autonomia de 200 milhas náuticas, representam um avanço tecnológico significativo para as operações de salvamento no mar.