Paulo de Morais, antigo vice-presidente da Câmara do Porto, será oficialmente apresentado como candidato do PSD à Câmara de Viana do Castelo na próxima sexta-feira, dia 7, durante um plenário concelhio do partido.
No entanto a polémica está instalada, depois do Paulo de Morais ter dado a opinião, num programa informativo de uma TV, que Luís Montenegro, atual primeiro-Ministro do Portugal eleito pela coligação PSD-PPD/CDS-PP/PPM, devia pedir a demissão no caso “Spinumviva”.
Paulo de Morais, também ex-candidato à presidência da República e conhecido pela luta anti corrupção, reforçou mesmo a sua opinião num comentário no facebook.
Este anúncio surge num contexto político marcado por discussões sobre a acumulação de cargos. Recentemente, o líder da oposição, Pedro Nuno Santos, criticou o atual Primeiro-Ministro, Montenegro, alegando que este não exerce o cargo com exclusividade.
Ora é neste contexto que Paulo de Morais afirma que “a ser verdade, Montenegro deveria demitir-se (e a oposição deveria exigir a demissão)”.
“A ser mentira, Pedro Nuno deve esclarecer o que proclamou. Curiosamente, comentadores, media e políticos não parecem incomodados. Será comum acumular outras atividades com a de membro do Governo? Me espanto!”, escreve.
A candidatura de Morais representa uma aposta do PSD em uma figura com experiência e um perfil técnico, que poderá atrair eleitores preocupados com a transparência e a gestão municipal.
Paulo de Morais, professor universitário na Universidade Portucalense, tem uma longa carreira política. Foi número dois de Rui Rio e vereador com pelouros como Urbanismo e Habitação na Câmara do Porto entre 2002 e 2005. Além disso, já se candidatou a presidente da República e a eurodeputado.
Conhecido pelas suas posições públicas contra a corrupção, Morais tem várias obras publicadas sobre o tema e é membro fundador da Associação Cívica Transparência e Integridade.
Natural de Viana do Castelo, o candidato de 61 anos é visto como uma figura experiente e com um perfil técnico que pode trazer uma nova dinâmica à autarquia.
A escolha de Morais foi divulgada antes da apresentação oficial, o que gerou algum desconforto entre os membros locais do partido. No entanto, a sua nomeação já terá sido aprovada e será formalizada no próximo plenário.