Presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, manifestou-se contra o descongelamento das propinas proposto pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre.
Durante uma visita ao Campus de Azurém da Universidade do Minho (UMinho), em Guimarães, Rocha defendeu que a sociedade deve contribuir para reduzir os custos do ensino superior.
“Não faz sentido, num país como Portugal, penalizar ainda mais os jovens, obrigando as famílias a pagar o exato preço do custo da formação”, afirmou o líder liberal, frisando que muitas famílias já enfrentam dificuldades económicas significativas.
Embora reconheça que, em termos filosóficos, o custo da formação superior deve ser suportado pelos próprios estudantes, Rui Rocha lembrou que a educação obrigatória em Portugal termina no 12.º ano, o que significa que o Estado não tem a obrigação de financiar o ensino superior.
No entanto, sublinhou que os valores praticados atualmente podem criar desafios na gestão de recursos e dificultar o acesso à formação universitária.
Para Rocha, o descongelamento das propinas é uma medida inadequada num contexto de baixos salários, crise na habitação e problemas no sistema de transportes.
O líder da IL espera que o debate sobre o financiamento do ensino superior seja realizado de forma “transparente”, garantindo um modelo mais justo para os estudantes e suas famílias.