Ana Caldeira, natural da Póvoa de Varzim e vice-presidente do Conselho de Jurisdição do Chega, é acusada dos crimes de burla qualificada e falsificação de documentos.
O caso decorre no Tribunal de Esposende e envolve a alegada tentativa de burla a um ex-sócio, através da falsificação da assinatura de uma mulher falecida.
Segundo a acusação do Ministério Público, Ana Caldeira, advogada de profissão, abordou um ex-sócio em março de 2022, afirmando ter uma cliente que necessitava urgentemente de 6.000 euros.
Para garantir o empréstimo, prometeu um reembolso de 10 mil euros em seis meses.
O acordo foi formalizado através de um contrato de confissão de dívida e um termo de autenticação, registados no site da Ordem dos Advogados.
No entanto, os documentos continham a assinatura falsificada de Maria Amélia Martins, a suposta cliente que precisava do dinheiro, mas que havia falecido em março de 2015.
O Ministério Público alega que Ana Caldeira falsificou a assinatura para se apropriar da quantia.
O E24 tentou contactar a defesa de Ana Caldeira, mas não obteve resposta.
Confrontado com o caso, o líder do Chega, André Ventura, declarou desconhecer a situação.
“Não tenho conhecimento sobre isso. Quando tiver, falaremos sobre o assunto”, afirmou, garantindo que haverá consequências caso se confirmem as acusações.
Apesar de ter devolvido os 6mil euros, Ana Caldeira nunca pagou os juros prometidos ao ex-sócio. O julgamento decorre no Tribunal de Esposende e poderá ter repercussões dentro do partido liderado por Ventura.