O Ministério Público solicitou esta semana ao Parlamento o levantamento da imunidade parlamentar a Carlos Reis, de Barcelos, e a mais dois deputados do PSD devido a suspeitas de corrupção e tráfico de influências no âmbito da Operação Tutti Frutti.
Luís Newton e Margarida Saavedra são os outros dois que estão no centro da investigação, que revelou um alegado esquema de negociação de cargos políticos entre o PS e o PSD na Câmara de Lisboa.
Carlos Eduardo Reis, ex-vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, é suspeito de diversos crimes, incluindo corrupção, peculato e tráfico de influências. É acusado de usar sua empresa, a Ambigold, para garantir contratos em várias juntas de freguesia de Lisboa, lucrando mais de um milhão de euros em ajustes diretos.
Luís Newton, ex-presidente da Junta de Freguesia da Estrela, é suspeito de corrupção passiva e prevaricação, sendo acusado de favorecer negócios com empresas ligadas a Carlos Reis.
Margarida Saavedra, antiga vereadora em Lisboa, é suspeita de burla qualificada. Ela denunciou casos de corrupção na autarquia e está sob investigação por irregularidades relacionadas à construção da Torre de Picoas.
Além desses três deputados, o ex-deputado Sérgio Azevedo também é alvo da investigação e já foi constituído arguido. A operação revelou um amplo esquema de corrupção e tráfico de influências entre membros do PS e do PSD, levando o Ministério Público a solicitar o levantamento da imunidade parlamentar dos envolvidos. O processo deve conhecer acusação em junho.
O que diz Carlos Reis?
Carlos Eduardo Reis (PSD) apenas comentou o caso uma vez, a 27 de maio de 2023, onde disse que rejeita ser “idiota útil” para se “derrubarem dois ministros”.
O nome do deputado do PSD é citado em reportagem sobre Operação Tutti Frutti. Carlos Eduardo Reis já negou a relação com alegado esquema de corrupção na Câmara de Lisboa. “Nunca corrompi ninguém”, referiu.