“As plantas invasoras são muitas vezes causadoras da destruição e do desaparecimento de biodiversidade e de ecossistemas. No caso do jacinto-de-água (Eichhornia crassipes) esta é considerada uma das plantas invasoras aquáticas mais problemáticas e mais resistentes do mundo, afetando de forma particular o nosso país. O jacinto-de-água forma densos tapetes que se espalham até cobrirem completamente a superfície da água, pela massa compacta de folhagem, e conduzem facilmente à alteração dos biótopos e ao desequilíbrio do ecossistema aquático, com consequências nefastas para a fauna e flora”, esclarece o PEV.
A proliferação descontrolada nas águas do rio Cávado é uma realidade e o PEV alerta para o necessário e urgente investimento no controlo desta espécie que coloca em causa a biodiversidade e a qualidade da água.
“Muitos destes problemas persistem apesar dos anúncios de muitos milhões de euros investidos, e estamos ainda longe de termos os rios portugueses despoluídos”, destaca o PEV.
“O rio Cávado, em Barcelos, apresenta um grande potencial turístico, podendo ser espaço primordial para a prática de desportos náuticos, tais como a pesca, a canoagem e o remo. Com uma importância histórica reconhecida, tem também um património aquífero, etnológico, faunístico e florístico que lhe está inerente. A sua proteção e preservação são essenciais para a sobrevivência do rio e da sua história”, destaca o PEV.
“É absolutamente imprescindível que o Governo apoie os municípios na resposta às preocupações da população e das associações ambientais locais, relativamente a este grave problema ambiental, a invasão do jacinto-de-água, garantindo um plano de combate financiado a longo prazo, o plano em conjunto com o ICNF, para que seja salvaguardada a qualidade da água, a biodiversidade local e para que o rio Cávado continue a ser um local seguro para o usufruto da população”, vaticina o PEV.