Estas declarações surgem depois de carta aberta do cabeça de lista do PS por Braga, José Luís Carneiro, onde depois de um debate numa televisão regional sentiu a necessidade de esclarecer “obra feita e que vai fazer”.
Hugo Soares declarou que “não há como desmentir” o desinvestimento e a falta de obras na região.
Esta social democrata apontou para a ausência de promessas cumpridas, como o novo hospital em Barcelos, o anunciado Campus de Justiça em Guimarães, e a falta de um quartel para o comando distrital da GNR, que continua a operar em condições precárias em contentores.
O líder da Aliança Democrática acusou o PS de repetir “anúncios de investimentos não concretizados“, destacando a falta de progresso em projetos prometidos em 2015, 2019 e 2022.
Além disso, criticou as condições de quartéis onde “continua a chover no interior” e as estradas do distrito, que estão em estado deplorável.
Hugo Soares afirmou que as poucas obras realizadas na região foram assumidas pelos municípios, utilizando verbas europeias originalmente destinadas a outros fins.
O também secretário geral do PSD destacou que o PS apresenta mais promessas de investimento do que obras efetivamente concluídas, incluindo projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O cabeça de lista da Aliança Democrática e secretário-geral do PSD concluiu reiterando a acusação de que “os vários Orçamentos do Estado da governação socialista esqueceram o distrito de Braga”.
Hugo Soares expressou solidariedade aos trabalhadores dos serviços públicos na região, reconhecendo “o esforço diário para mitigar os efeitos da alegada má gestão socialista sobre a vida das pessoas em Braga”.
Hugo Soares “surpreendido” com más condições de trabalho nos tribunais do distrito de Braga
O grave estado de degradação das condições de trabalho nos tribunais do distrito de Braga está a provocar atrasos e problemas acrescidos ao funcionamento da justiça.
À saída de uma reunião com o juiz-presidente do Tribunal da Comarca de Braga e representantes dos oficiais de justiça, o cabeça de lista da candidatura da Aliança Democrática, Hugo Soares, confessou-se “surpreendido” pela situação que se vive nos tribunais do distrito.
“O cenário é terceiro-mundista. Tínhamos consciência dos problemas e das carências, mas a gravidade é bem maior. Quando se tem que fechar secretarias e portas do tribunal, para que o único funcionário disponível possa apoiar o juiz e viabilizar a realização de julgamento, percebe-se a gravidade da situação”, denunciou Hugo Soares, partilhando as preocupações dos administradores judiciais.
O atraso na marcação de julgamentos “já está pior do que no período da pandemia Covid-19, quando os processos tiveram de parar. Depois de um período de recuperação, as taxas de dilação voltaram a disparar. O atraso já é maior do que na pandemia” – conforme as informações prestadas no tribunal.
O cabeça de lista da AD classificou de “assustadoras” a falta de recursos humanos e a incapacidade do Estado no recrutamento de profissionais, a juntar à degradação dos edifícios e situação obsoleta dos equipamentos e meios de trabalho.
Como exemplos, Hugo Soares apontou que “há falta de recursos como digitalizadores e de espaço, as impressoras têm 30 anos. Os profissionais estão extremamente exaustos – como acontece em muitos outros setores e que tem levado à sucessão de protestos e greves”.