A unidade orgânica de Polícia Judiciária da Guarda Civil (PJGC) de Pontevedra e a Guarda Nacional Republicana (GNR) de Braga desmantelaram o “resto” de um grupo criminoso responsável por mais de 100 assaltos a residências no Minho.
No âmbito da operação conjunta “Gerbera-Arvoredo”, coordenada pela unidade técnica da PJGC em conjunto com a EUROPOL, desmantelou esta rede de crimes internacional que, depois de três anos de investigação, levou as autoridades até Valência.
Investigação em 2021
Foi a GNR que numa primeira fase seguiu o rasto criminoso deste grupo que cometia assaltos violentos a habitações, com os primeiros registos a serem datados de novembro de 2021.
Sede se percebeu que era uma rede, que vinha desde a Galiza e foi iniciada uma cooperação internacional entre forças das autoridades dos dois lados da fronteira.
Detidos dois albaneses
Em fevereiro de 2022 foi realizada a primeira fase, com uma busca na zona do Rosal (Pontevedra), onde o grupo tinha estabelecido “sede”, culminando na detenção de duas pessoas de origem albanesa já do lado português, nomeadamente em Vila Nova de Cerveira.
Um terceiro membro deste grupo conseguiu fugir mas nestas buscas foram recuperadas jóias, acessórios de marcas de luxo, dinheiro, dispositivos móveis, um bloqueador de frequência, walkie talkies, ferramentas e dois veículos de alto padrão que foram usados para cometer os atos criminosos.
“Os detidos foram colocados à disposição do tribunal correspondente em Portugal, onde foi ordenada a sua prisão”, afirmam as autoridades.
Os assaltos
Os assaltos ocorreram no norte de Portugal. Escolhiam casas que, pela sua aparência, indicavam que iriam obter no seu interior objetos de valor, como jóias ou dinheiro, roupas ou acessórios de marcas de gama alta, saqueando cofres, escondendo o seu saque e ferramentas.
“O valor dos bens roubados poderá atingir os dois milhões de euros”, afirma a GNR e a Guardia Civil.
Mais duas pessoas detidas em Valência.
Após a emissão de vária ordens de investigação europeias pelas autoridades judiciárias de Portugal e Espanha, conseguiu-se determinar a existência de mais duas pessoas, como colaboradores necessários dos albaneses, na província de Valência.
“Prestavam apoio logístico e documental aos membros do grupo criminoso, disponibilizando casas alugadas para a sua estadia temporária e viaturas”, afirma a autoridade.
Por isso, no dia 10 de abril, e com o apoio da Europol, de agentes da Guarda Nacional Republicana Portuguesa de Braga e a Guarda Civil de Pontevedra, realizaram a terceira fase da operação, com uma busca.
“Foi apreendido diversa documentação importante no processo, terminais móveis em utilização, equipamentos informáticos, bem como cerca de seis mil euros”, confirmou a GNR e a Guardia Civil.
“O grupo criminoso internacional, dedicado a cometer roubos com força em casas habitadas, é agora considerado desmantelado”, anuncia as forças policiais, confirmando que para este desfecho contribuiu o Tribunal de Justiça da Comarca de Braga, o Ministério Público de Pontevedra , o Tribunal de Primeira Instância e Instrução nº 1 de Tuy, Tribunal de Instrução nº 20 de Valência, bem como a Agência Europeia de Cooperação Policial (EUROPOL).