Para muitos é um parque desconhecido, mas representa na urbe bracarense um importante ninho de biodiversidade desde o século passado com a recuperação do espaço e entrega desta à natureza.
No relatório do projecto de licenciatura em Biologia Aplicada de uma aluna da UMinho, intitulado ‘Levantamento florístico do Parque Urbano das Camélias’, há relato 28 espécimes diferentes, dos quais 25 foram identificados até ao género e 24 até à espécie.
Na área de estudo crescem espécies nativas de Portugal Continental, bem como espécies exóticas, destacando-se a família Poaceae como predominante, com 50% dos indivíduos identificados. De entre as famílias menos representadas destacam-se a Papaveraceae e a Rosaceae.
No presente estudo são discutidas estratégias de preservação e de aumento da biodiversidade do Parque da Camélias, sendo que uma possível solução para a área de estudo, no sentido de aumentar a biodiversidade de espécies, poderia assentar no corte da vegetação herbácea por meios mecânicos mimetizando-se o papel-chave dos herbívoros, após queda das sementes.
O referido trabalho será apresentado na Noite Europeia dos Investigadores, a 29 de setembro, no Altice Forum Braga, mas ali ao lado do Parque das Camélias.
“O Município de Braga pretende aumentar a biodiversidade local e continuará a apostar em sementeiras e plantações de espécies autóctones, prevendo a colocação de painéis informativos para sensibilização da população para a temática em causa, a médio prazo”, lê-se em nota de imprensa.