Apesar do tempo que se passou, a dor e o luto ainda são muito presentes. As famílias não falam sobre o assunto e na Universidade do Minho o assunto é mantido em silêncio, mostrando o quanto ainda é difícil reviver esta tragédia.
Inicialmente, o Ministério Público acusou a empresa gestora do condomínio onde a estrutura que desabou estava localizada junto à Universidade do Minho, assim como a Câmara de Braga.
Ambos – câmara e condomínio – teriam conhecimento do risco de derrocada da estrutura antes do acidente, que ocorreu em via pública.
No entanto, em um momento posterior, o Ministério Público decidiu acusar os quatro estudantes da Universidade do Minho que estavam na estrutura no momento do acidente.
Essa acusação dos estudantes da Universidade do Minho foi contestada pelos pais das vítimas, que acreditavam que eles não tinham responsabilidade alguma na tragédia.
Segundo o advogado das famílias, os pais já haviam perdido seus filhos e não queriam arruinar a vida de outros jovens estudantes.
No final, os estudantes foram absolvidos da acusação de homicídio negligente.
Após o processo criminal, os pais das vítimas não desistiram de buscar justiça e moveram um processo cível contra a Câmara de Braga e a empresa gestora do condomínio.
Há um pedido de indemnização de 450 mil euros, como forma de responsabilizar os envolvidos e tentar evitar que tragédias semelhantes ocorram no futuro.
O processo cível é considerado o último recurso das famílias para buscar alguma forma de justiça e evitar que situações futuras semelhantes aconteçam.
A primeira sessão do julgamento está agendada para 18 de abril.
As famílias dos estudantes mortos da Universidade do Minho não procuram vingança neste processo difícil, mas sim o conforto de saber que tudo foi feito para evitar a tragédia e responsabilizar quem poderia ter evitado.