O presidente da Câmara de Braga garantiu hoje em Serralves, no âmbito “Sustainability4cities”, que até 2030 Braga pretende implementar o Parque das Sete Fontes, o maior parque eco monumental do país, com uma área de 90 ha.
“Esta área irá também incorporar um parque versátil de 90 ha, dos quais 30 ha serão parque verde público e 30 ha serão área florestal privada, proporcionando um novo e melhorado espaço verde para a população, bem como a preservação da biodiversidade”, anunciou Ricardo Rio.
O edil referiu ainda outros projetos para mostrar o caminho “ambiental” de Braga. Em matéria de proteção de habitats, Ricardo Rio destacou o projecto de regularização e ordenamento do rio Torto, ribeira de Panóias e ribeira de Castro, e ainda a renaturalização do rio Este, que abrange um total de 4211 m2 e um investimento de 1,5 milhões de euros.
“O plano visa devolver o rio à cidade e aumentar a sua biodiversidade, prevendo a remoção de revestimentos de betão, a criação de um corredor verde e uma ecovia ao longo do rio, a restauração de lagoas naturais e o repovoamento de 2.000 trutas com o apoio de o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas”, adiantou Ricardo Rio.
Ainda nesta área, Braga promove um conjunto de iniciativas que visam a monitorização da biodiversidade, a recuperação e preservação dos ecossistemas terrestres e aquáticos.
Segundo o autarca, os relatórios fitossanitários são preparados regularmente, para avaliar a saúde e o estado das espécies vegetais nos espaços verdes, com a Câmara Municipal a apostar também na reabilitação do Parque das Camélias (3ha), bem como o Parque do Bom Jesus, com plantação de espécies autóctones e remoção de espécies invasoras. Destaque ainda para o Monte do Picoto que, em 2018, se tornou no maior Parque Urbano de Floresta Nativa do país (21,2 ha).
A tudo isto, acrescenta Ricardo Rio, junta-se uma estratégia de educação ambiental que aposta no envolvimento de toda a comunidade, seja em projectos de conservação e restauração, ou em programas de voluntariado e actividades de plantação.
“A Quinta Pedagógica e o Centro de Educação Ambiental desempenham um papel crucial na divulgação de boas práticas no âmbito da educação ambiental e da protecção do solo. A campanha “Oxigenar Braga”, o “Concurso Escola Verde”, o livro “Animais de Braga”, o vídeo “Braga Natural”, o evento “GreenFest”, o projecto “Rios” e o programa das hortas urbanas são outros dos exemplos da política ambiental implementada pelo Município.
#### Principais Temas Abordados
Ricardo Rio destacou temas como a biodiversidade, a criação de corredores verdes, a proteção de habitats naturais, a educação ambiental e políticas de sustentabilidade. Explicou as diretrizes do Município de Braga, reforçando o compromisso com a sustentabilidade.
#### Inventário e Monitorização da Biodiversidade
Braga está a finalizar o inventário arbóreo urbano e o regulamento da árvore urbana. Além disso, colabora com municípios vizinhos no controlo de espécies exóticas e na execução de planos de ação locais.
#### Corredores Verdes e Estrutura Ecológica
A autarquia investe na criação de corredores verdes que conectam parques, jardins e rios, facilitando o movimento de espécies. Destaque para o corredor ecológico ao longo do rio Cávado, que liga Braga ao Parque Natural da Peneda-Gerês. Braga também desenvolve uma estrutura ecológica urbana e agrícola abrangendo 350 hectares.
#### Estrutura Ecológica Municipal e Estratégia de Solos
Medidas como a definição da Estrutura Ecológica Municipal, a ampliação de áreas de Reserva Ecológica Nacional e Agrícola, e a requalificação das margens urbanas, visam cumprir a Estratégia de Solos da UE para 2030.