A hasta pública promovida pela Câmara de Braga para a concessão de um terreno no Monte do Picoto terminou sem interessados, anunciou hoje o vereador do Ambiente, Altino Bessa.
O procedimento visava a construção e exploração de um espaço de restauração com esplanada, integrado num projeto mais amplo com anfiteatro ao ar livre para eventos culturais.
Segundo Altino Bessa, a ausência de propostas poderá estar relacionada com a dimensão do investimento exigido.
“O investimento estimado rondava um milhão de euros, a ser inteiramente suportado pelo concessionário”, explicou o autarca.
A hasta pública dizia respeito a um terreno com 11.866 metros quadrados, pertencente ao domínio privado municipal, situado num dos pontos mais emblemáticos da cidade. O objetivo era dinamizar o Monte do Picoto, criando um polo de atração turística e de lazer.
“O projeto tinha como finalidade atrair mais pessoas ao local, mas o essencial continua a ser manter o espaço como área de lazer, ambiental e sustentável”, reforçou Bessa.
“A Câmara optou por não assumir esse investimento direto e tentou envolver privados, mas estes consideraram o risco demasiado elevado face ao retorno expectável”.
O direito de superfície previsto teria um prazo inicial de 30 anos, renovável por dois períodos de 10 anos cada, mediante acordo entre as partes. O valor base da concessão era de cerca de 85 mil euros, a pagar em prestações anuais.

