É caso para dizer que nos Jogos Olímpicos de Paris na canoagem Esposende manda, pois metade dos atletas – são quatro a competir – dois são do concelho da foz do Cávado: João Ribeiro e Teresa Portela
É não são propriamente uns “meninos” nisto das Olimpíadas, pois, no caso de Teresa Portela é já a quinta vez que atleta vai marca presença. Para João Ribeiro é a terceira vez.
“Té”, assim é conhecida em terras esposendenses, afirma que o objetivo é desfrutar como se fosse os primeiros Jogos Olímpicos.
“Provavelmente vão ser os meus últimos jogos por isso espero mesmo desfrutar de todos os momentos”, refere a atleta, que começou a praticar canoagem em Gemeses, uma pequena aldeia do concelho de Esposende, onde o “recreativo local” tem lançado grandes atletas para a modalidade.
Teresa Portela, natural da freguesia de Gemeses, espera melhor o resultado de Tóquio, onde foi sétimo.
“Espero em Paris ser finalista, apesar de ser difícil. Mas conto com o apoio de todos para o conseguir”, referiu Teresa Portela.
Já João Ribeiro, também natural de Palmeira de Faro e que vai para os terceiro Jogos Olímpicos, dá nota que o objetivo será sempre primeiro chegar à final.
A competir em K2 500 metros, João Ribeiro espera encontrar “a melhor versão” do próprio juntamente com Messias Baptista.
João Ribeiro afirma que “não existe” pressão, mas que há “a ambição de trabalhar muito” para deixarem “felizes” as pessoas que os têm apoiado sempre.
“Estamos motivados, os indicadores são bons, portanto há de sair alguma coisa de que nos orgulhemos”, diz.
Na sua estreia em Jogos Olímpicos, no Rio2016, João Ribeiro esteve muito perto de conquistar uma medalha, mas acabou por ser quarto no K2 1000 metros, ao lado do bracarense Emanuel Silva, admitindo que foi “uma desilusão”, “porque nos Jogos Olímpicos ser terceiro ou quarto é uma diferença gigante”.
Em Paris, a representação lusa vai estar reduzida a quatro canoístas — João Ribeiro e Messias Baptista, Fernando Pimenta no K1 1.000 metros e Teresa Portela no K1 500 —, menos do que em anos anteriores, com João Ribeiro a lamentar o facto do K4 não se ter apurado, mas a mostrar-se confiante no futuro, pois “há um número de atletas que podem chegar aos Jogos”.
Depois da chegada a Paris, a equipa de canoagem vai instalar-se durante alguns dias na Aldeia Olímpica, antes de partir para uma localização mais perto do campo de regatas.
As eliminatórias e os quartos de final de K2 500 metros disputam-se em 6 de agosto, com a semifinal e a final marcadas para três dias depois.