A Associação de Pais denunciou hoje nas redes sociais as «degradantes e inacreditáveis» condições da escola do 1.º ciclo e jardim-de-infância da Pousa, concelho dee Barcelos. os encarregadops de educação dizem mesmo que «os alunos são obrigados a levar mantas para se protegerem do frio». A Câmara de Barcelos já reagiu e disse que «as obras na escola avançarão logo que exista disponibilidade financeira por parte do município».
Cristiano Coelho, presidente da Associação de Pais, afirma que a escola aguarda há mais de 15 anos por obras e que os pais «perderam a paciência», tendo já agendado uma manifestação para dia 29 deste mês.
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«Por incrível que possa parecer, as crianças estão a levar mantas para a escola, porque o frio entra por todos os lados», referiu.
A Escola da Pousa conta com 40 crianças no jardim-de-infância e 80 alunos no 1.º ciclo. Funciona em dois edifícios, um com mais de 50 anos, para o 1.º ciclo, e o outro com cerca de 40. Segundo Cristiano Coelho, a caixilharia, em madeira, está podre, permitindo correntes de ar que «põem em causa a saúde» das crianças.
O responsável contou que num dia de novembro, numa altura de muito frio, 32 alunos ficaram em casa, com sintomas de febre e constipação. Disse que houve mesmo uma criança que «quase entrou em hipotermia».
Críticas corroboradas por Gilda Fernandes, também da Associação de Pais, que acrescentou que as casas de banho «são do terceiro mundo», sendo muitas as crianças que se recusam a usá-las. «São casas de banho que metem medo, só vendo é que se acredita», referiu.
Os pais aludem ainda à cobertura em amianto do edifício que acolhe o jardim-de-infância e aos baldes que é preciso lá colocar para “aparar” a chuva. «É muito, mas mesmo muito, mau», referiu Gilda Fernandes, vincando que a escola precisa de uma intervenção de fundo.
No último fim de semana, os pais colocaram faixas negras nas grades da escola, com frases de protesto pelo estado do estabelecimento de ensino. Para dia 29, está marcada uma manifestação frente à escola.
A Câmara de Barcelos disse que as obras na escola avançarão «logo que exista disponibilidade financeira por parte do município». Disse ainda que o projeto para a empreitada de requalificação “está pronto” e tem um valor base de 967 mil euros, acrescido de IVA.