“A razão fundamental deve-se a não ter havido uma preparação adequada que se deve à inação por parte da Administração Regional da Segurança Social – que, em boa verdade, ficou nos facultar informação que ainda não temos. Adiamos, assim, para abril o assumir das competências pela impreparação da tutela” revelou à margem da reunião do executivo municipal, Benjamim Pereira.
“É um dossiê muito importante em que vamos gerir muitos processos, obrigando, por exemplo, ao reforço de pessoal, e temos que ter a preparação adequada para lidar com eles”, salientou.
“Ficou evidenciado que ainda não foram dadas as informações necessárias. Mas isto está a ser transversal a todas as áreas de transferência de competências. Foi um processo muito atabalhoado em que o Estado tentou negociar e passar para os municípios responsabilidades. Foi sempre mais um processo para se descartar de coisas incómodas do que propriamente um processo sério e com transparência de forma que fosse mais bem gerido pelos municípios”, afirmou Benjamim Pereira.
“As condições que inicialmente eram propostas eram insustentáveis em termos financeiros para os municípios. Em boa hora se parou e se repensou, caso contrário o Estado estava a libertar-se de responsabilidades passando-as para cima das autarquias sem serem acompanhadas, não só do envelope financeiro como de tudo o resto fundamental para se assumir as competências pretendidas”, concluiu o autarca.