O Bloco de Esquerda (BE) de Esposende levantou recentemente questões sobre a continuidade de Benjamim Pereira no cargo de presidente da Câmara, após surgirem notícias que indicam a sua possível saída para assumir a presidência do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
As dúvidas intensificaram-se com o que foi apelidado de “Tabu de Benjamim”, originado pelas declarações de Benjamim Pereira, que indicou a possibilidade de não ser ele a presidir às comemorações do 453º Aniversário do Município.
O BE criticou o clima de incerteza criado em torno da situação, considerando-o “um momento dificilmente compreensível e desrespeitador para os esposendenses”.
Em comunicado, o partido questiona “a razão pela qual Benjamim Pereira não pode, para já, revelar o seu futuro político, mas sente-se à vontade para mencionar que foi convidado para um novo cargo”.
“Se Benjamim Pereira considera que todos os que trabalharam consigo tinham em mente o serviço público em prol dos esposendenses, quem é a pessoa a quem não pode dizer ‘não’?”, questiona o BE, sublinhando a importância da transparência para com os cidadãos de Esposende.
O Bloco de Esquerda expressa ainda preocupações sobre a gestão dos dossiers municipais, especialmente aqueles diretamente sob a alçada de Benjamim Pereira, e sobre a legitimidade política do edil para tomar decisões importantes enquanto o seu futuro permanece incerto.
O partido pergunta “se já se iniciou um processo de transição de responsabilidades para os vereadores e quem irá assumir os pelouros de Benjamim Pereira”.
Além disso, questionam “se Benjamim Pereira estará presente na próxima Assembleia Municipal, em Apúlia”, e “quem representará o executivo na apresentação de novos projetos, caso o presidente esteja de saída”.
“Se o próprio edil informa que possivelmente está a prazo no seu lugar, porque deverá ser ele a marcar presença em todos estes momentos?”, indaga o Bloco.
Por fim, o Bloco de Esquerda dirige-se ao Presidente da Assembleia Municipal de Esposende, Carlos Silva, pedindo “um posicionamento claro sobre a situação”, lembrando que “a Assembleia Municipal tem o direito e o dever de acompanhar e fiscalizar as atividades do Executivo Municipal”.