“Por estes dias todos sentimos saudades do Paulo Gonçalves! Era sem dúvida um ser humano de eleição, um enorme piloto e um digno representante de Esposende a nível nacional e internacional! Partiu. Fica a saudade dos seus feitos no motociclismo e para já apenas recordado com o nome de um prémio desportivo e de uma humilde rua, que devido ao seu mau estado quase parece um beco relegado ao abandono”, começa por dizer Rui Silva afirmando depois que “em Gemeses existem duas formas de contar o tempo: Na altura das
eleições, onde tudo se promete, e depois, onde tudo cai no esquecimento, infelizmente como na maioria das freguesias”.
“Basta recordar o caso do antigo campo de jogos (futebol), onde está aquele grande projeto de investimento privado de Padel, inovador, que se dizia o arranque do progresso e desenvolvimento de Gemeses…! Oh, pois foi!” ironiza o dirigente.
“Mas sobre desporto, parece que estamos todos conversados! Não fossem os míseros subsídios, num estilo beija-mão, era um marasmo, ficávamos pelos sorrisos e abraços das cerimónias”.
“Não temos um pavilhão desportivo para que as associações e coletividades possam regularmente promover as suas atividades, nem para que o desporto informal possa ser praticado com regularidade, mesmo pagando. Pavilhões Desportivos de Esposende ou são das Escolas ou foram feitos há mais de 25 anos”, acusa Rui Silva.
No entanto, refere, “já se promete por aí que vamos gastar milhões num complexo desportivo! Para quem? Quando num concelho, em pleno 2023, os meninos do Gandra FC e do Desportivo de Faro ainda têm de treinar e jogar num pelado de saibro em mau estado”.
Novamente em tom crítico salienta que “em Esposende ou se faz show-off, para se cortar fitas e fazer notas de imprensa sobre o seu executivo ou as coisas acabam à primeira contrariedade”.
Rui Silva relembra a Esposende Cup: “desapareceu do programa”. O torneio concelhio “serve para dar algum dinheiro aos clubes, parece ter os dias contados, sem nenhuma inovação, entrou num registo do fazer por fazer para cumprir calendário”.
“Nas outras modalidades até temos campeões na canoagem, três grandes equipas de canoagem dois rios para explorar, o que se tem feito Adiar promessas! Aconselho a visitarem as instalações dos vizinhos como o Náutico de Ponte de Lima ou mesmo do Náutico de Prado. E vão perceber a diferença dos apoios e das infraestruturas”.
Por outro lado, o dirigente do CDS-PP considera que “as obras para desenrascar em altura de eleições, na tentativa de ter tudo controlado, não deixa marca…mesmo que se façam promessas megalómanas como Centros de Alto Rendimento, entretanto e por conveniência, esquecido”.
“Também temos quem batalhe por outras modalidades, basquetebol, patinagem, badminton, com bons resultados, mas quase são deixados ao esquecimento”.
“Em Apúlia foi preciso investir um milhão de euros, mas falta terminar o campo de jogos! E a situação do complexo desportivo de Fão, o melhor estádio do concelho, quando se resolve? Este negócio com o presidente do Sporting Clube de Braga, deixa tanto a desejar para o município de Esposende… se vai ser um ato de gestão danosa, o futuro o dirá”, acusa.
“A falta de planeamento desportivo leva que o centro desportivo de a muito já devia ser Municipal e hoje não tinha a notícia que o mesmo está neste momento no mercado dos leilões . Vamos esperar pelas explicações que executivo vai dar à população de Fão mas também do concelho .
Pois o dinheiro público é de todos”, refere Rui Silva, que ainda fala de “uma Câmara que se desinteressou por provas que faziam a diferença” .
“Perdemos ainda algumas provas interessantes como a corrida marginal à noite, uma prova interessante e diferente. Já o BTT perdeu a expressão que em tempos teve no concelho com o fim da equipa de ciclismo da JUM, acabou e não há uma única equipa do concelho nesta modalidade, é pena!”, lamenta o líder da concelhia do CDS.
“Agora é a vez de se fazer negócios de pavilhões e mais pavilhões, de dimensões reduzidas para pequenos investidores ou vendedores a retalho. Entre eles está o tão prometido IPCA, onde se gastou um rio de dinheiro mas sem nenhuma atividade relevante para o concelho.
“Quem conhecer o ritmo dos concelhos vizinhos facilmente vai perceber que estamos cada vez mais a ficar para trás!”, conclui Rui Silva