A Associação dos Pescadores Profissionais do Concelho de Esposende (APPCE) manifestou sua discordância em relação ao comunicado da Vianapesca OP, que solicitou ao Ministro da Agricultura e pescas a revogação imediata da interdição da pesca da sardinha, utilizando a rede de cerco, dentro do Parque Natural Litoral Norte.
Além disso, a Vianapesca OP também solicitou a abertura do PNLN para “embarcações costeiras que operem com redes de emalhar, tendo como alvo o robalo”.
A área protegida onde está inserido o PNLN, em Esposende, permite apenas a operação de embarcações de pesca local, com o intuito de preservar os estoques e manter saudáveis as populações de fauna marinha presentes na região.
A APPCE ressalta que “nos últimos anos têm sido observadas embarcações costeiras não autorizadas adentrando na reserva, muitas delas sem o sistema de localização AIS, o que dificulta a sua localização”.
“Essas embarcações têm lançado redes extensas, resultando em uma diminuição significativa da quantidade de robalos e outras espécies na área”, afirma Carlos Vilas Boas, presidente dos APPCE.
Como principal objetivo da associação é defender os interesses dos pescadores de Esposende e garantir a sustentabilidade da pesca e dos “stocks”, a instituição discorda “veementemente com o comunicado da Vianapesca”.
“Portanto, a associação reafirma sua posição e se manterá firme em suas posições sempre que a pesca local, a sustentabilidade das espécies e o futuro da comunidade piscatória forem ameaçados”, frisa Carlos Vilas Boas.
A associação faz um apelo ao ministro para que não ceda a esse pedido infundado, que coloca em risco a própria existência do parque natural e os objetivos que nortearam sua criação, bem como as restrições impostas à pesca em seu interior.
O que diz a Vianapescas?
No caso da pescal no PNLN a Vianapescas querem proceder, “com muita urgência à revogação da interdição da pesca da sardinha, com a rede de cerco, no Parque Litoral de Esposende”.
“Deverá de igual modo ser permitida a pesca com redes de emalhar de um pano, pelo menos numa pequena área e numa época do ano a definir, que não ponha em causa os interesses do Parque e permita às embarcações costeiras a atividade dirigida à captura do robalo”, acrescenta o comunicado.