Tito Evangelista e Sá regressou à liderança do Partido Socialista (PS) – em comissão de gestão – em momento de interno de nova renovação provocada pela saída de Pedro Durães Leite.
O E24, através do “Sentido Único”, esteve à fala com este histórico socialista, de 62 anos, que comentou o atual momento do PS local, abordando a crise interna e os desafios que se avizinham, nomeadamente as próximas eleições autárquicas.
Questionado sobre o regresso de Alberto Figueiredo à política e as tensões internas no PSD local, Tito não deixou de fazer uma análise crítica.
“Há qualquer escondida no meio disto, desta candidatura independente de pessoas que são a outra face da moeda do PSD”, disse.
O socialista recusou, para já, confirmar se será o candidato do PS à Câmara ou o nome do candidato à Assembleia Municipal.
No entanto confirmou Manuel Enes Abreu à maior freguesia de concelho, Marinhas.
“Todos, todos, todos, neste momento é mesmo assim, contamos com todos”, disse utilizando a famosa frase do Papa Francisco.
Tito assegurou que o partido está empenhado em apresentar listas competitivas em todas as freguesias. Sobre o futuro da esquerda em Esposende, Tito não exclui entendimentos com pessoas que possam vir do BE e CDU, quase estejam em sintonia com o programa que o PS vai apresentar.
O PS quer afirmar-se como alternativa sólida ao domínio da direita e dos movimentos independentes. “São esses que levaram o concelho ao estado em que está. Se as pessoas continuarem a votar no PSD oficial e no PSD do passado, tudo vai continuar igual”, frisou.
Convidado do programa “Sentido Único” do E24, Tito Evangelista deixou uma mensagem de confiança aos eleitores, apelando a uma participação ativa na construção de um novo rumo para Esposende.
Percurso de Tito Evangelista

Natural do Porto, onde nasceu a 14 de novembro de 1962, Tito Evangelista reside em Esposende, cidade onde foi batizado e onde sempre manteve fortes ligações.
Licenciado em Ciências Jurídico-Económicas pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, iniciou o seu percurso político na JSD em 1978, motivado pelo apoio a Sá Carneiro.
Desempenhou funções como adjunto e vereador na Câmara de Esposende, chegando mesmo a assumir interinamente a presidência da autarquia. Em 1997 candidatou-se como independente com o apoio do PS e, um ano depois, integrou oficialmente o partido.
