O presidente da Câmara de Esposende, Guilherme Emílio, quer retomar o processo de salvaguarda da Restinga e Barra de Esposende e deu nota disso mesmo à Comissão de Ambiente e Energia da Assembleia da República que esteve na cidade da foz do Cávado.
A comitiva, liderada por Salvador Malheiro, deslocou-se à região para discutir os desafios da barra de Esposende, nomeadamente a erosão costeira e a navegabilidade da barra.
Guilherme Emílio frisou que a questão da barra “é um problema com mais de 200 anos, que se tem mostrado irresolúvel”.
Chamou a atenção para o nível de risco a que está exposta a comunidade piscatória na entrada e saída da barra e alertou para os efeitos negativos sobre a atividade económica, por via da inviabilização de um conjunto de ativos turísticos, como a atividade náutica.
Não menos preocupante é a questão da proteção civil, notou ainda, vincando que a fragilidade da restinga constitui um “risco efetivo”.
Aludindo ao insucesso das soluções implementadas no passado, nomeadamente a intervenção com geocilindros na restinga, Guilherme Emílio referiu que, mais uma vez, o Município tomou a liderança do processo na busca de uma solução, apresentando um estudo técnico que dá “grande parte da resposta a um problema secular”.
Guilherme Emílio destacou os esforços do município para enfrentar estes problemas, referindo o projeto em Apúlia, que visa reduzir o risco de erosão e renaturalizar a área.
Durante o encontro, Renato Henriques, da Universidade do Minho, apresentou um estudo técnico desenvolvido em parceria com a Universidade do Porto.
A proposta poderá reduzir custos futuros ao minimizar a necessidade de dragagens no estuário.
Salvador Malheiro elogiou o trabalho do município, sublinhando que “este é um investimento justificado” e que o tema será bem recebido pelas entidades competentes.