Uma exposição industrial (ou feira de atividades) moderna já não apresenta segredos para ninguém: deixou de ser um apenas conjunto de stand’s expositores para ser um evento onde se traz quem influencia e quem faz movimentar as respectivas áreas de atividade a falar com os profissionais de um região.
Se alguns consideram eventos com um formato como a ExpoFacic ou a AgroSemana uma boa aposta, juntando uma forte componente didática e lúdica ao evento, que lhes permite ir muito além dos profissonais da área e ter uma boa projecção transversal em toda a comunidade, é claro que num cenário económico como o esposendense, fortemente baseada em PME’s que na sua maioria conseguem desenvolver-se em segmentos muito bem definidos do mercado ou em novos segmentos, o objectivo principal inicial deverá ser o de promover o contacto dos nossos profissionais com os agentes principais de cada ramo de atividade, dando a conhecer quem faz e o que se faz, que produtos especificos e diferenciadores temos e que soluções organizadas que os profissionais esposendenses podem ter.
Conferências, workshops, Think-Tank, Ted Talks, encontros com actores-chaves convidados, ter todos os anos um país convidado representado por uma Associação Comercial (potenciando as nossas oportunidade de
exportaçãoes) e até acções de formação são componentes que enriqueceriam e dão estrutura a todo um programa que se quer muito para além do habitual stand de exposição, em que se espera que surja um interessado ou um potencial cliente nos três dias em que dura uma exposição, e permite também trazer visitantes e não turistas a esposende.
É claro tipo de eventos necessita de uma estrutura física ao qual o concelho têm prestado pouca atenção e que de ainda não dispõe, como um verdadeiro centro de conferências e verdadeiro pavilhão de exposições e que não é num espaço de meses que se consegue construir tais infraestruturas.
Como tal, fazer um evento na medida das nossas capacidades e que consigamos apresentar com a qualidade esperado seria sempre um imperativo.
Num mundo globalizado e actualizado como aquele que todos eles enfrentam, a junção de esforços e meios entre entidades que se encontram presentes na mesma comunidade é o garante de uma economia circular saudável e que permite uma melhor e mais frutífera redistribuição da riqueza criada por todos que nela vivem.
Olhando para concelhos como Águeda, Paços de Ferreira, Oliveira de Azeméis,Aveiro,VN Famalicão, ou até num outro nível, o que acontece nas nossas Regiões Autónomas, é claro e paupável que o esforço conjunto de profissionais da mesma região, permitiu um crescimento da atividade económica das regiões, fixando as populações nas suas comunidades e dando uma saudável independência das entidades autárquicas no seu crescimento.
É então claro que um evento destes não surje, e não sobrevive no tempo, apenas com os esforços das entidades autárquicas esposendenses mas necessita claramente de igual compromisso e esforço das associações
comerciais e dos profissionais esposendenses que delas fazem parte.
Num mundo globlizado ninguém vence sozinho.
É então tempo de finalmente recuperar a Expozende e dar-lhe o ímpeto que Esposende, e os esposendenses, merecem.