Essas preocupantes estatísticas foram divulgadas recentemente pelo movimento “Médicos em Luta”.
Segundo a porta-voz do movimento, Susana Costa, a lista de hospitais afetados está a ser constantemente atualizada com informações fornecidas pelos próprios médicos.
A falta de médicos dispostos a fazer horas extraordinárias está a afetar a capacidade de atendimento, variando com o número de horas adicionais que os médicos costumam cumprir.
O movimento “Médicos em Luta” tem disponibilizado uma lista online detalhando as unidades hospitalares e especialidades mais afetadas. Entre os hospitais mais impactados, destacam-se o Garcia de Orta, Amadora – Sintra, Aveiro, Barcelos, Barreiro, Braga, Bragança, entre outros.
Até o momento, 19 serviços hospitalares já enfrentam a escassez total de médicos, incluindo casos nas áreas de ortopedia, cirurgia geral, pediatria e neurologia, obstetrícia, entre outros.
Além disso, 25 dos 55 agrupamentos de centros de saúde (ACES) também estão a sofrer com a falta de médicos dispostos a fazer horas extraordinárias.
“As negociações salariais entre o Governo e os médicos não chegaram a um acordo, mas outros avanços em questões como férias e tempo de trabalho no serviço de urgência foram consolidados”, afirmam os médicos em luta.
A falta de acordo tem levado a ações de protesto, incluindo greves e recusas em realizar horas extraordinárias, resultam no fechamento de serviços de urgência em hospitais em todo o país.