Número de incidentes relacionados com a posse e uso de artefactos pirotécnicos no desporto, especialmente no futebol, registou um aumento brutal de 61% na presente temporada.
Este crescimento tem resultado em pesadas multas para os clubes, que já foram penalizados em mais de meio milhão de euros pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Os cinco clubes mais penalizados – Benfica, Sporting, Vitória SC, SC Braga e FC Porto – são responsáveis por um total de 467.349 euros das multas acumuladas, que somam 531.963 euros.
Em particular, o jogo entre o Estrela da Amadora e o Benfica, realizado na 20.ª jornada, rendeu multas que somam 5.483 euros, com o Benfica a ser sancionado em 3.190 euros devido ao uso de tochas e petardos.
O clássico da 11.ª jornada do campeonato teve um impacto financeiro significativo, resultando em multas de 28.147 euros, sendo 23.687 euros atribuídos ao Benfica.
Até ao momento, o Benfica lidera em multas nesta época, totalizando mais de 162 mil euros, seguido de perto pelo Sporting, de Lisboa, que, apesar de promover um ambiente saudável nas bancadas, já pagou mais de 156 mil euros em coimas.
O uso de pirotecnia nos estádios levanta preocupações constantes, não apenas em Portugal, mas também em outros países.
As autoridades desportivas têm colaborado para combater este fenómeno, que prejudica a segurança e a imagem do desporto.
A Liga Portugal considera a pirotecnia um problema sério e tem trabalhado para banir totalmente esta prática dos estádios.
Enquanto isso, a Associação Portuguesa de Defesa do Adepto (APDA) critica as medidas punitivas, argumentando que as restrições e a repressão não resolvem o problema, mas antes alienam os adeptos.